- Home
- Mercado financeiro
- Ações
- Bolsas de NY fecham sem direção única e encerram semana de perdas com Fed em foco
Bolsas de NY fecham sem direção única e encerram semana de perdas com Fed em foco
As bolsas de Nova York não firmaram sinal único hoje e fecharam mistas, com os índices Dow Jones e o S&P 500 em alta no dia. A recuperação parcial, contudo, foi insuficiente para reverter as perdas acumuladas nos últimos dias, marcados por uma retórica agressiva do Federal Reserve (Fed) quanto à política monetária nos EUA.
O Dow Jones fechou em alta de 0,50% hoje e cedeu 0,17% na semana, a 33.869,270 pontos, enquanto o S&P 500 subiu 0,22% nesta sexta-feira, mas acumulou queda de 1,11% na semana, a 4.090,46 pontos. Já o Nasdaq teve desempenho pior ao recuar 0,61% hoje e 2,41% na semana, a 11.718,12 pontos.
Inflação revisada
O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos EUA subiu 0,1% em dezembro de 2022 ante novembro, ao invés da queda de 0,1% estimada anteriormente.
O CPI de novembro também foi revisado em alta, de avanço mensal de 0,1% para 0,2%. O dado de outubro também aumentou em 0,1 ponto percentual, para alta de 0,5% ante setembro.
Além da revisão para cima na inflação, os EUA mostram que a confiança do consumidor segue em alta. O índice que mede a vontade do americano em gastar subiu a 66,4 em fevereiro em relação aos 64,9 em janeiro, de acordo com dados preliminares divulgados nesta sexta pela Universidade de Michigan.
Nasdaq sofre
De acordo com o analista Edward Moya, da Oanda, o Nasdaq tem sido mais afetado pelo aumento nos rendimentos dos Treasuries, já que o índice concentra empresas de tecnologia de alta capitalização – portanto, mais sensíveis ao aumento do custo do crédito.
“As ações dos EUA estão enfraquecidas, pois os crescentes riscos de inflação continuam a impulsionar as apostas de aumento da taxa do Fed”, diz Moya. Saiu hoje dados de expectativas inflacionárias da Universidade de Michigan, que registrou alta de 3,9% a 4,2%, entre janeiro e fevereiro, na inflação esperada nos EUA para o período daqui a 12 meses.
Política monetária
Para o economista Gurleen Chadha, da Oxford Economics, o dado “não tem implicações” em termos de política monetária pois “os esforços do Fed para domar a inflação ainda não terminaram e a recente flexibilização das condições do mercado financeiro aumenta o risco de que o banco central aumente as taxas mais do que prevemos”.
Presidente do Fed da Filadélfia, Patrick Harker foi mais um dirigente do BC a reforçar as expectativas por juros altos por um longo período nos EUA, em entrevista a uma rádio local. Segundo ele, a taxa dos Fed funds deve subir a mais de 5% – da faixa atual de 4,5% a 4,75% – e ser mantida nesse nível.
Leia a seguir