Bolsas de Nova York fecham em alta após pregão volátil com foco em Fed
Segundo o Morgan Stanley, o terceiro mês consecutivo de desaceleração dos preços deve fazer com que o Fed modere sua política de juros
As bolsas de Nova York encerraram o pregão desta terça-feira (10) em território positivo, após oscilarem durante boa parte do dia à medida que ponderavam os próximos passos do Federal Reserve (Fed) e o risco de recessão econômica nos EUA.
Muito aguardado por investidores, os comentários do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, no banco central da Suécia (Riksbank), não trouxe novidades sobre a política monetária na maior economia do mundo.
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O índice Dow Jones fechou em alta de 0,56%, a 33.704,100 pontos, o S&P 500 subiu 0,70%, a 3.919,25 pontos, e o Nasdaq avançou 1,01%, a 10.742,63 pontos.
Discursos pouco esclarecedores
Durante evento do Banco Central da Suécia (Riksbank), Powell somente afirmou que o Fed precisa focar em seu objetivo de reduzir a inflação, sem dar mais detalhes sobre as próximas decisões da entidade.
Entre outros dirigentes do BC americano que falaram hoje, a diretora e membro do Conselho Michelle Bowman seguiu a linha hawkish recente ao projetar “muito trabalho” à frente até que a inflação esteja controlada.
Para Edward Moya, da Oanda, o discurso do presidente do Fed foi um “não evento”. Ainda que tenha provocado volatilidade no início do pregão, a falta de uma sinalização hawkish deu fôlego às bolsas, de acordo com o analista, que vê o mercado no aguardo de dados de inflação que podem mudar a postura dos dirigentes do BC.
A expectativa de economistas de grandes bancos e consultorias estrangeiras é que o índice de preços ao consumidor (CPI) de dezembro, que sairá na próxima quinta-feira (12), deve mostrar nova desaceleração da inflação nos EUA, com possível recuo na variação mensal ante novembro.
Inflação perde força
Segundo estimativa do Morgan Stanley, o terceiro mês consecutivo de redução no ritmo de alta de preços deve fazer com que o Fed volte a moderar seu aperto monetário, para alta de 0,25 ponto porcentual em fevereiro.
Mas nem todos os agentes do mercado americano estão tão otimistas. Em entrevista à “Fox Business”, o CEO do JPMorgan Chase, Jamie Dimon, disse que há igual chance de que o Fed suba os juros a cerca de 5%, como esperado atualmente, e de que a entidade tenha de elevá-los a 6%.