Bolsas dos EUA fecham em forte alta com expectativa de que inflação americana desacelere

Investidores esperam pelo relatório da inflação dos Estados Unidos para o mês de dezembro, que será divulgado na manhã de quinta (12)

Pregão da Nyse:  Foto: Valor Econômico
Pregão da Nyse: Foto: Valor Econômico

As bolsas de Nova York encerraram o pregão desta quarta-feira (11) em forte alta, diante da expectativa por uma nova desaceleração do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, cuja leitura de dezembro será divulgada amanhã, às 10h30 (de Brasília).

Uma inflação mais baixa pode tornar o Federal Reserve (Fed) mais moderado em seu processo de aperto monetário.

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O índice Dow Jones fechou em alta de 0,80%, a 33.973,010 pontos, o S&P 500 subiu 1,28%, a 3.969,61 pontos, e o Nasdaq avançou 1,76%, a 10.931,67 pontos.

Inflação em desaceleração

É amplamente esperado por economistas que o CPI de dezembro volte a desacelerar nos EUA, após as leituras de outubro e novembro mostrarem arrefecimento da inflação americana. O consenso é de queda do indicador de 0,1% ante novembro, e alta de 6,5% no acumulado em 12 meses.

Diante dessa expectativa, investidores estão otimistas quanto à possibilidade do Fed adotar uma política monetária menos agressiva. Segundo dados do CME Group, a precificação majoritária atual é por pico dos juros de 5% nos EUA em março, com o primeiro corte dos Fed funds já em novembro de 2023.

Discursos do Fed

Presidente da distrital de Boston do Fed, Susan Collins mostrou que a expectativa do mercado quanto a um Fed mais cauteloso não é infundada. Em entrevista ao “The New York Times”, ela defendeu elevar os juros em 0,25 ponto porcentual (pp), o que significaria nova redução no ritmo de aperto monetário. Em dezembro, o Fed optou por subir os juros em 0,5 pp, após quatro altas seguidas de 0,75 pp.

“As ações dos EUA subiram com um otimismo intacto de que um relatório de inflação crucial continuará mostrando que as tendências de desinflação permanecem em vigor”, explica o analista Edward Moya, da Oanda. Ele alerta, porém, que o mercado pode ser surpreendido com um aumento acima do esperado no núcleo do CPI, que exclui itens voláteis como os preços de alimentos e de energia.

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