NY: Bolsas fecham em queda, ainda pressionadas por bancos regionais e risco de recessão

Dado fraco sobre o sentimento do consumidor americano e falas duras de uma dirigente do Federal Reserve (Fed) ajudaram a piorar o humor do mercado

Wall Street, o centro financeiro dos Estados Unidos (Foto: Aditya Vyas/Unsplash)
Wall Street, o centro financeiro dos Estados Unidos (Foto: Aditya Vyas/Unsplash)

As bolsas de Nova York fecharam o pregão de hoje em baixa, à medida que Wall Street ainda não se convence de que a turbulência bancária ficou para trás, o que prejudica as ações do setor e eleva o risco de recessão nos EUA. Dado fraco sobre o sentimento do consumidor americano e falas duras de uma dirigente do Federal Reserve (Fed) ajudaram a piorar o humor do mercado.

O índice Dow Jones fechou em queda de 0,03%, a 33.300,620 pontos, o S&P 500 cedeu 0,16%, a 4.124,08 pontos, e o Nasdaq recuou 0,35%, a 12.284,74 pontos. Na semana, os dois primeiros índices acumularam baixa de 1,11% e 0,29%, respectivamente, enquanto o Nasdaq terminou com ganho de 0,40%.

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Bancos

A maioria das ações de bancos regionais que estão no foco dos investidores em meio à crise voltaram a cair hoje. Entre elas, o PacWest Bancorp recuou 2,99%, o Zions Bancorp cedeu 1,10% e o Bank of Hawaii tombou 4,41%, após cair mais de 10% na véspera.

“As ações dos EUA estão mais fracas com a persistência do nervosismo bancário e após uma dose constante de lembretes de todos os riscos que permanecem sobre a mesa”, comenta o analista-sênior de mercados da Oanda, Edward Moya.

Ele destaca falas da secretária do Tesouro americano, Janet Yellen, sobre como um default da dívida americana será “catastrófico”, e comentários de hoje da diretora do Fed Michelle Bowman.

Em evento, Bowman ressaltou que novas altas de juros podem ser necessárias esse ano, contrariando a sinalização do presidente Jerome Powell sobre uma pausa do ciclo de aperto monetário.

Indicadores

Entre indicadores, a queda do índice de sentimento do consumidor americano a 57,7 em maio, segundo dados preliminares da Universidade de Michigan, enfraqueceu ainda mais o apetite por risco nas bolsas nova-iorquinas.

Diferente de pregões recentes, ações de grandes companhias de tecnologia também cairam, de forma geral, e não deram suporte aos índices acionários.

Ações

A Tesla, que chegou a subir 2% após anúncio do CEO Elon Musk de que deixará o comando do Twitter, fechou em baixa de 2,38%.

Entre outros destaques negativos, a Amazon recuou 1,71% e Meta Platforms, 0,84%.

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