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Bolsas de Nova York fecham em queda com Powell prevendo novas altas de juros
Os índices de Wall Street fecharam em queda, depois da alta registrada no começo da tarde desta quarta-feira (13), antes da decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed) e do pronunciamento do presidente da instituição, Jerome Powell.
A terça havia sido de euforia quando o CPI de novembro veio abaixo do esperado e as bolsas subiram de forma expressiva durante o dia. Com a divulgação da taxa de juros, os ânimos se esfriaram, embora tenham vindo dentro do esperado pelo mercado.
O que mais preocupou o mercado foi a fala do presidente do Fed, Jerome Powell, ao afirmar que “novas altas nos juros serão necessárias”, disse o executivo do banco central americano.
O Dow Jones fechou em queda de 0,42%, enquanto o S&P 500 subiu 0,61% e Nasdaq avançou 0,76%.
Na terça-feira, o índice Dow Jones fechou em alta de 0,30%, a 34.108,64 pontos, enquanto o S&P 500 exibiu ganhos de 0,73%, a 4.019,65 pontos, e o Nasdaq subiu 1,01%, a 11.256,81 pontos.
Decisão sobre juros
O Fed (Federal Reserve, o banco central norte-americano) anunciou na tarde desta quarta-feira (14) um aumento de 0,5 ponto percentual na taxa básica de juros dos Estados Unidos, para o intervalo 4,25%-4,5% ao ano. É o maior nível desde dezembro de 2007, ano que antecedeu a crise financeira global provocada pelo calote nas hipotecas “subprime”.
Depois de quatro aumentos consecutivos de 0,75 ponto percentual, a previsão dos investidores era justamente de diminuição do ritmo de alta, – expectativa reforçada, na terça (13), pela divulgação do índice de inflação ao consumidor americano.
Discurso de Powell
O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, reiterou, durante coletiva de imprensa após divulgar uma alta de 0,50 ponto percentual na taxa referencial de juros dos Estados Unidos, de que o caminho a percorrer no combate a inflação ainda é longo e novas altas serão necessárias.
“Mais altas de juros serão necessárias para trazer a inflação para a meta de 2%”, disse Powell, reiterando que não há nenhuma intenção do Fed começar a cortar os juros em 2023. “Não pensamos em corte de juros antes de termos evidências de que inflação está voltando para meta”, disse, lembrando que não existe indicação de corte de juros em 2023 no SEP divulgado hoje.
CPI
Na terça, o Departamento de Trabalho americano divulgou que o CPI de novembro avançou 0,1%, depois de ter registrado alta de 0,4% em outubro e setembro. Já no acumulado em 12 meses, o avanço foi de 7,1% em novembro, depois de registrar alta de 7,7% em outubro.
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