Bolsas dos EUA fecham em queda com Fed sugerindo extensão do aperto monetário
Investidores ficaram preocupados com declarações de membro do Fed, sobre manter por mais tempo o aperto monetário
Os índices de Wall Street chegaram a avançar para o campo positivo nesta segunda-feira (14), mas fecharam o pregão em baixa.
O mal-estar esteve relacionado aos comentários do membro do conselho do Federal Reserve (Fed), Christopher Waller, de que o aperto monetário do banco central americano pode continuar no longo prazo.
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No fechamento, todos os principais índices das bolsas americanas estavam no vermelho.
O Dow Jones fechou em queda de 0,63%, enquanto o S&P 500 desceu 0,89% e o Nasdaq recuou 1,12%.
Na sexta-feira, o índice Dow Jones terminou em alta de 0,10%, a 33.747,86 pontos, enquanto o S&P 500 teve valorização de 0,92%, a 3.992,93 pontos, e o Nasdaq avançou 1,88%, a 11.323,33 pontos.
Juros
Os mercados ficaram preocupados com as declarações do membro do conselho do Fed, Christopher Waller, em um evento em Sidney, na Austrália, no domingo. De acordo com ele, os mercados precisam prestar mais atenção na taxa terminal dos juros do Fed do que no ritmo de cada aumento. “Todo mundo deveria apenas respirar fundo e se acalmar, ainda temos um caminho a percorrer”, apontou Waller.
Inflação
Na semana passada, o apetite por risco foi alavancado por uma leitura mais fraca da inflação ao consumidor dos Estados Unidos. Segundo os contratos futuros dos Fed funds, um aperto monetário menos agressivo, de 0,50 ponto percentual, continua com uma maior probabilidade, de 80,6%, enquanto um aperto mais agressivo, de 0,75 ponto percentual, tem probabilidade de 19,4%, de acordo com dados do CME Group.
O banco BNP Paribas anunciou que prevê um aumento de 0,50 ponto percentual na próxima reunião do Fed, marcada para dezembro. Antes, o banco francês havia previsto mais um aperto monetário agressivo, de 0,75 ponto percentual. No entanto, o BNP Paribas segue com as suas expectativas de que a taxa terminar do Fed fique em 5,25%.