NY: bolsas fecham próximas à estabilidade em meio a balanços mistos
Entre as empresas que já divulgaram balanços, o Goldman Sachs informou lucro líquido no primeiro trimestre de 2023, abaixo do registrado no mesmo período do ano passado
As bolsas de Nova York fecharam sem direção única e com movimentos modestos nesta terça-feira, à medida que investidores repercutiram balanços de grandes empresas que alternaram resultados bons e ruins. Também foram monitorados comentários de dirigentes do Federal Reserve (Fed) que contrariam a ideia de que o BC vai alterar o curso da sua política monetária ainda esse ano.
O índice Dow Jones fechou em queda de 0,03%, a 33.976,630 pontos, o S&P 500 avançou 0,09%, a 4.154,87 pontos, e o Nasdaq cedeu 0,04%, a 12.153,41 pontos.
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Resultados dos bancos
Entre as grandes companhias a divulgarem balanços hoje, o Goldman Sachs informou receita abaixo do esperado para o primeiro trimestre e sua ação caiu 1,66%. Já os papéis do Bank of America subiram 0,59% após seu lucro e receita do mesmo período superarem as expectativas do mercado.
Outros setores
A Johnson & Johnson, por sua vez, chegou a subir hoje após o balanço dos primeiros três meses de 2023 mostrar redução do prejuízo líquido da empresa, na comparação com o período de janeiro a março do ano passado. No decorrer do pregão, contudo, a ação perdeu força e fechou em baixa de 2,81%.
Resultados das big techs
Agora, o mercado reage aos números de Tesla e Netflix no after hours das bolsas nova-iorquinas. Até o horário de fechamento deste texto, apenas a plataforma de streaming de vídeo havia divulgado balanço, e sua ação tombava mais de 6% no after hours.
Política monetária
Do lado da política monetária, o presidente do Fed de St. Louis, James Bullard, afirmou que deseja que o juro básico nos EUA suba até 5,75%, acima da taxa terminal de 5,5% precificada majoritariamente pelos investidores. Já Raphael Bostic, do Fed de Atlanta, reforçou sua defesa por manter os Fed funds acima de 5% ao menos até o fim de 2023.
A postura rígida dos dirigentes do BC americano vem mesmo diante de uma possível recessão nos EUA. Para o economista-chefe da LPL Research, Jeffrey Roach, o acesso mais restrito ao crédito por conta do aperto monetário e a crise bancária recente deve pesar especialmente sobre os pequenos negócios, considerados a “espinha dorsal” da economia americana.
“Talvez haja riscos adicionais no setor de bancos comunitários e regionais que os mercados precisam abordar, mas, mesmo assim, condições mais rígidas provavelmente restringirão os planos de expansão para empresas menores e, assim, prejudicarão o crescimento econômico geral nos EUA”, alerta Roach.