NY: Bolsas fecham em leve alta com ajuda de balanços, mas semana termina no vermelho

Números positivos do fim da sessão foram resultados da ajuda dos balanços, depois dos comentários de integrante do Fed terem derrubado os índices à tarde

Bolsa de Nova York, localizada em Wall Street - Foto: Robb Miller/Unsplash
Bolsa de Nova York, localizada em Wall Street - Foto: Robb Miller/Unsplash

Os três principais índices acionários de Wall Street terminaram a sessão de hoje com ganhos, ainda que o Nasdaq tenha ficado muito perto da linha d’água.

Os números positivos do fim da sessão foram resultados da ajuda de balanços corporativos, enquanto novos comentários de integrante do Federal Reserve (Fed) chegaram a ameaçar esse avanço durante à tarde.

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Apesar do crescimento de hoje, os três benchmarks fecharam a semana no vermelho, em período marcado por um tom mais “hawkish” (favorável ao aperto monetário) dos membros do BC americano.

No fim das negociações, o índice Dow Jones fechou em alta de 0,59%, a 33.745,69 pontos, enquanto o S&P 500 avançou 0,48%, a 3.965,34 pontos, e o Nasdaq exibiu ligeiro ganho de 0,01%, a 11.146,06 pontos. Na semana, no entanto, os três índices encerraram com perdas de 0,01%, 0,69% e 1,57%, respectivamente.

Segmentos

Na sessão desta sexta-feira, o melhor desempenho entre os índices de segmentos do S&P 500 ficou com o setor de prestação de serviços de utilidade pública. O avanço foi de 2%.

Já na ponta das perdas, o setor de energia registrou a maior queda, de 0,90%.

No balanço da semana, o melhor desempenho foi do segmento de bens de consumo básico (+1,69%), enquanto o setor de consumo discricionário teve o pior desempenho no período (-3,15%).

Vendas

O fato de a maior alta e a maior perda da semana virem de setores ligados ao consumo ajuda a explicar o movimento da semana.

Ainda que o setor varejista tenha apresentado números amargos em balanços de grandes companhias, como a Target, os dados compilados pelo Departamento do Comércio dos EUA mostraram que as vendas se mantiveram fortes em outubro.

Além disso, outras empresas de varejo mostraram em balanços hoje alguma robustez.

A varejista de vestuário GAP teve balanços mais fortes do que o esperado, resultando em uma alta de 7,40% em suas ações no horário acima.

Já a Foot Locker, outra companhia do setor, registra ganhos de 8,25% depois que a empresa de roupas esportivas elevou suas expectativas para o ano, relatando um aumento inesperado nas vendas no terceiro trimestre.

Como apontou a casa de pesquisa LPL, as fortes vendas reais no varejo em outubro sugeriram que os consumidores provavelmente estão recorrendo ao crédito para apoiar os gastos, já que o crescimento dos salários está abaixo da inflação e os preços altos estão consumindo o estoque de poupança.

“A dívida geral aumentou US$ 351 bilhões no terceiro trimestre, elevando o peso total da dívida para as famílias em US$ 16,5 trilhões, de acordo com dados divulgados pelo Fed de Nova York”, disse, em nota.

“A economia está desacelerando, mas ainda não estamos em recessão. No entanto, a crescente demanda por crédito implica que os riscos de recessão estão aumentando para o primeiro semestre de 2023. Este último relatório foi bom, mas não muito bom para o Fed reduzir o ritmo de aumento das taxas nas próximas reuniões”, completou a empresa.

Falando em reduzir as taxas de juros nos próximos encontros, hoje a presidente do Fed de Boston, Susan Collins, disse que ainda há espaço para mais uma alta de juros no ritmo de 0,75 ponto percentual.

Isso bastou para dar um pico de ganhos ao rendimento do título de dois anos do Tesouro americano.

Perto das 18h30, o retorno do papel operava em alta, a 4,510%, de 4,458% do último fechamento. Já o dólar operava com ganhos no exterior, com o índice DXY subindo 0,28% no mesmo horário indicado acima.

No caso do segmento de energia, a maior perda hoje (e uma das maiores da semana) se explica pela fraqueza dos preços do petróleo, que caíram acima de 8% na semana.

Isso foi reflexo de uma preocupação do investidor com a covid na China, com aperto monetário do Fed e com a desaceleração global –e uma possível recessão.

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