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Bolsas de Nova York fecham no vermelho com balanços negativos; Tesla despenca quase 10%
Os principais índices das bolsas de NY fecharam no vermelho nesta quinta-feira (20), puxados pelo balanço ruim de grandes empresas americanas que operam na bolsa. O destaque negativo fica por conta da Tesla, que caiu 9,7%, a US$ 162,99.
No fechamento, o índice Dow Jones registrou queda de 0,33%. O S&P 500 caiu 0,60%. O Nasdaq recuou 0,80%.
Tesla
A Tesla despencou na bolsa após ter anunciado queda no seu lucro no primeiro trimestre. Segundo balanço divulgado ontem, o lucro líquido da Tesla caiu 24% na comparação anual, para US$ 2,5 bilhões. A receita, por outro lado, avançou 24%, na mesma base de comparação, para US$ 23,3 bilhões.
Mas o que trouxe preocupação para o mercado foram as margens de lucro bruto automotivo, incluindo arrendamentos, mas excluindo créditos regulatórios, que ficaram abaixo dos 21% projetados pelo mercado, em torno de 19%. Essa queda foi ocasionada pelos cortes nos preços praticados pela montadora.
“Nós consideramos que pressionar por volumes maiores e uma frota maior é a escolha certa aqui em vez de um volume menor e uma margem maior”, disse o diretor-presidente da Tesla, Elon Musk durante conferência com investidores, segundo o “Wall Street Journal”.
A estratégia ainda divide analistas. Para Itay Michaeli, analista do Citi, “a justificativa da Tesla para buscar cortes de preços se baseou na receita vitalícia de veículos, uma visão que está totalmente alinhada com nossa própria tese da indústria sobre [veículos autônomos] ser o maior desbloqueio de valor dessa disputa”.
Outras quedas
Na quarta-feira, o Morgan Stanley também teve queda acentuada depois da apresentação dos resultados, com seu lucro caindo 19% no primeiro trimestre – na comparação com o ano anterior – enquanto sua receita, incluindo taxas de fusões e aquisições, caiu 24%.
A Netflix registrou 1,75 milhão de novos assinantes líquidos no trimestre, segundo balanço apresentado nesta semana. O número é cerca de 500.000 inferior ao que os analistas esperavam, mostrando, assim, um ritmo de crescimento bem mais lento do que o observado durante a pandemia.
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