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NY: bolsas se tranquilizam após colapso do SVB e dados de inflação e fecham no campo positivo
As bolsas de Nova York fecharam esta terça-feira (14) em alta robusta de 1% a 2%, em meio ao otimismo por uma alta de juros menor pelo Federal Reserve (Fed) à frente, além de expectativa por corte de juros ainda em 2023, após o colapso de bancos regionais expor fragilidades do setor financeiro americano.
O índice Dow Jones fechou em alta de 1,06%, a 32.155,400 pontos, o S&P 500 subiu 1,68%, a 3.920,56 pontos, e o Nasdaq avançou 2,14%, a 11.428,15 pontos.
Após o forte movimento de vendas nos últimos pregões, o setor financeiro se recuperou parcialmente hoje e liderou o rali nas bolsas nova-iorquinas junto de ações de empresas de tecnologia – sensíveis aos juros e cuja perspectiva melhora em um contexto de Fed menos “hawkish”.
Setor financeiro
O índice específico de ações do setor financeiro no S&P 500 terminou o dia em alta de 2,2%, enquanto o de serviços de comunicação (que concentra as principais techs americanas) avançou 2,75%. Já o índice KWB, que concentra ações do setor financeiro, subiu 3,19% hoje após tombar 11,66% na sessão passada.
“As ações dos bancos se recuperaram à medida que os riscos de estabilidade financeira diminuíram um pouco e agora parece que o foco em Wall Street pode voltar à inflação”, diz o analista Edward Moya, da Oanda.
Inflação dentro do esperado
Divulgado hoje, o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos EUA subiu 0,4% entre janeiro e fevereiro, enquanto seu núcleo, que exclui os voláteis preços de energia e alimentos, avançou 0,5% no período.
A leitura geral é de que os números sugerem resiliência da inflação americana e, se as condições do setor financeiro americano permitirem, o Fed deve subir os juros em sua reunião monetária na semana que vem.
“Na ausência de novas notícias sobre questões bancárias daqui até a data da decisão (em 22 de março), o Fed provavelmente fará uma alta de 0,25 ponto percentual (p.p.) este mês e um movimento final similar na reunião subsequente” em maio, segundo avaliação da economista Katherine Judge, do CIBC. Se sua previsão se confirmar, o Fed terminaria seu ciclo de aperto monetário com juros de 5% a 5,25%.
O nível projetado é bem menor do que a taxa terminal de 5,75% que compunha o consenso dos economistas e do próprio mercado até o início da semana passada, antes dos bancos Silicon Valley Bank e Signature Bank falirem.
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