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NY: Bolsas sobem na esteira de busca por risco após turbulência no setor bancário e antes de Fed
As bolsas de Nova York fecharam em alta firme nesta terça-feira (21) em meio à busca generalizada por risco nos mercados globais desencadeada pela percepção de que a crise bancária recente foi contida.
Agora, o foco dos investidores se volta para o Federal Reserve (Fed), que divulga sua decisão monetária junto de novas projeções para os juros e indicadores da economia americana.
O índice Dow Jones fechou em alta de 0,98%, a 32.560,600 pontos, o S&P 500 subiu 1,30%, a 4.002,87 pontos, e o Nasdaq avançou 1,58%, a 11.860,11 pontos.
Atrás apenas de ações de energia, o setor financeiro liderou os ganhos no S&P 500 hoje, cujo índice específico do setor acumulou ganhos de 2,54%, a 532,33 pontos.
Entre os destaques, os papéis do First Republic saltaram 29,56% e terminaram o dia cotados a US$ 15,68, impulsionado pela notícia de que o banco contratou o gigante J.P. Morgan Chase (+2,69%) para ser seu consultor no processo de reestruturação de suas operações. A ação do First Republic chegou a ter negociações paralisadas pela Bolsa de Valores de Nova York (Nyse, na sigla em inglês) por conta da alta volatilidade.
A notícia também alavancou ações de outros bancos regionais, como Western Alliance (+14,69%), PacWest Bancorp (+18,77%), Zions (+6,99%) e KeyCorp (+9,34%).
Com a percepção de que a crise bancária das últimas semanas foi contida, o próximo grande evento para os mercados será a decisão de amanhã do Fed, que deve elevar os juros em 0,25 ponto percentual (p.p.), segundo avaliam a maioria dos 17 bancos e consultorias .
O CME Group também calcula chance majoritária de alta no ritmo citado, com probabilidade de 86,4%, contra apenas 13,6% para manutenção dos Fed funds na faixa de 4,5% a 4,75%.
Para Edward Moya, analista-sênior de mercados da Oanda, o risco às bolsas americanas está principalmente na revisão das projeções do Fed, que também sairão amanhã.
“É difícil imaginar que Wall Street permanecerá agressiva com o apetite por risco pós-Fed se eles revisarem suas previsões de inflação significativamente para cima e cortarem as projeções de crescimento”, diz Moya, que espera uma comunicação “hawkish” da entidade que retome a postura defensiva de investidores.
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