Bolsas de Nova York caem após dados mais fortes de renda e consumo nos EUA

O núcleo do índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês), também sinalizou uma alta acima do consenso

Confira o desempenho das bolsas americanas — Foto: Richard Drew/AP
Confira o desempenho das bolsas americanas — Foto: Richard Drew/AP

Os principais indicadores acionários de Nova York operam em baixa na manhã desta sexta-feira (23), após a divulgação de dados relacionados ao consumo dos americanos, que vieram mais fortes do que o esperado.

O núcleo do índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês), também sinalizou uma alta acima do consenso.

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Às 11h30, o Dow Jones operava em queda de 0,11%. O S&P 500 caía 0,13% e o Nasdaq perdia 0,15%.

Aumento da renda

No front dos dados que foram divulgados na manhã de hoje, a renda pessoal dos americanos aumentou 0,4% na passagem de outubro para novembro, indicou o Departamento do Comércio dos Estados Unidos nesta sexta-feira.

O resultado veio acima do esperado pelos agentes do mercado, cujo consenso apontava para uma alta de 0,3% do indicador.

Além disso, o dado de gastos com consumo (PCE) exibiu alta de 0,1% em novembro na comparação com o mês anterior.

Embora o resultado tenha ficado abaixo das expectativas (+0,2%), a revisão altista nos números de outubro, que passaram de 0,8% para 0,9%, indicam um movimento de elevação e sinalizam a resiliência da economia americana.

Inflação

Já o índice de preços do PCE subiu 0,1% na passagem de outubro para novembro e registrou alta de 5,5% na base anual.

O núcleo do índice de preços do PCE, que exclui itens voláteis, como os preços de energia e de alimentos, subiu 0,2% no mês, em linha com o consenso, e 4,7% no ano, ligeiramente acima do esperado (+4,6%).

Pistas sobre percepção do Fed

Com os dados que foram divulgados ontem e hoje, o mercado espera encontrar pistas sobre os próximos passos do Federal Reserve (Fed), que indicou em sua última reunião de política monetária que deve continuar com o aperto monetário no longo prazo, aumentando a possibilidade de uma recessão nos EUA.

“Dois bons meses de núcleos do PCE não são suficientes fundamentalmente para mudar a visão do Fed sobre as perspectivas de inflação, mas acreditamos que os próximos relatórios serão igualmente bons, e o aumento de 0,25 ponto percentual que esperamos em 1º de fevereiro deve ser o aperto final deste ciclo”, afirma Ian Shepherdson, da Pantheon Macroeconomics, em relatório.

Empresas

No pré-mercado, as ações da Tesla subiam 1,3% depois que o CEO, Elon Musk, afirmou que não venderá mais ações da fabricante de carros elétricos por cerca de dois anos, removendo parte do excesso que contribuiu para sua forte liquidação.

Já a companhia de biotecnologia Valneva tem alta de 4,18% em suas ações depois que a empresa apontou que concluiu uma etapa de submissão regulatória ao FDA para sua vacina de chikungunya de dose única.

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