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NY: Bolsas fecham sem direção única antes de balanços do setor de tecnologia
Os índices das bolsas dos EUA fecharam mistos no pregão desta segunda-feira (24). Os dirigentes do Federal Reserve (Fed) estão em período de silêncio antes da decisão de política monetária, que acontecerá na próxima semana.
Além disso, uma agenda de indicadores mais fraca nesta segunda deve tornar as movimentações menos intensas. O foco dos investidores se volta para a temporada de balanços corporativos do primeiro trimestre.
Índices das bolsas de Nova York
O índice Dow Jones teve alta de 0,20%, a 33.875,400 pontos, o S&P 500 subiu 0,09%, a 4.137,04 pontos, e o Nasdaq cedeu 0,29%, a 12.037,20 pontos.
“Wall Street opera de lado enquanto os investidores aguardam os lucros de empresas de tecnologia de alta capitalização, além do iminente drama do teto da dívida [dos EUA] e alguns dados importantes que influenciarão as autoridades do Federal Reserve (Fed)”, diz o analista Edward Moya, da Oanda.
Coca-Cola divulga balanço
Principal empresa americana a divulgar balanço hoje, a Coca-Cola subia discretos 0,33% por volta das 11h20 após superar as expectativas do mercado para lucro e receita nos primeiros três meses de 2023.
Ademais, a gigante do ramo alimentício ainda disse estar otimista quanto ao restante do ano, segundo o diretor-presidente James Quincey.
Gigantes da tecnologia apresentam números
Entre amanhã e quinta-feira, Microsoft, Amazon, Meta (dona do Facebook) e Alphabet (controladora do Google) divulgam seus resultados trimestrais. Nesta semana saem ainda a primeira leitura do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA no primeiro trimestre e o índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês), medida inflacionária preferida pelo Fed, que no dia 03 divulga decisão de juros.
As ações das big techs americanas têm liderado os ganhos da bolsa nova-iorquina este ano, após a forte queda do ano passado e diante da expectativa de corte de juros no segundo semestre de 2023. O Nasdaq, que concentra ações do setor, acumula alta de 15% este ano, contra 7,75% do S&P 500 – que lista as ações das 500 maiores empresas dos EUA.
“Para que o rali continue, precisamos ver algumas centenas de pontos-base em cortes de juros, o que não necessariamente acontecerá se o Fed escolher a inflação em vez da estabilidade financeira.? Um ambiente de desaceleração geral pode ser difícil para algumas dessas gigantes de tecnologia alcançarem seus múltiplos”, alerta Moya em comentário a clientes.
Tesla segue em queda
Assim também, entre os destaques negativos, vale mencionar as ações da Tesla. Os papéis recuaram 1,53% e estendiam a tendência de baixa após forte queda na semana passada diante de números trimestrais decepcionantes.
A ação da montadora foi prejudicada por carta divulgada na última sexta-feira (21) em que investidores institucionais expressaram preocupação com a postura do CEO Elon Musk e da direção da empresa sobre “riscos legais, operacionais e de reputação substanciais, colocando em risco seu valor a longo prazo”.
Indicadores dos EUA
No front macroeconômico, o destaque da manhã ficou com o índice de atividade nacional do Federal Reserve (Fed) de Chicago, que permaneceu em -0,19 ponto em março, o que sugere crescimento abaixo da tendência histórica nos EUA.
Ainda que o impulso da economia americana esteja diminuindo, ainda há poucos sinais de recessão, de acordo com a economista-chefe para EUA da High Frequency Economics, Rubeela Farooqi.
Para ela, o mercado de trabalho robusto tem dado suporte à renda dos americanos, o que dá sustentação à atividade como um todo.
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