Bolsas dos EUA fecham abril em alta, com destaque para Dow Jones
Balanços, indicadores econômicos e crise dos bancos estiverem no centro das oscilações ao longo do mês
![Fachada da Bolsa de Valores de Nova York (Nyse) - Foto: Pixabay](https://inteligenciafinanceira-com-br-amp-testing.go-vip.net/wp-content/uploads/2022/05/Nyse-Bolsa-de-Valores-de-NY.jpg?w=480&h=281&crop=1)
As bolsas americanas fecharam em alta nesta sexta-feira (28), após a divulgação do PCE, índice de preços de gastos com consumo. O indicador subiu 0,1% entre fevereiro e março e registrou alta anual de 4,2%, desacelerando significativamente após o avanço de 5,1% registrado na leitura anterior.
Os dados foram divulgados há pouco pelo Departamento do Comércio do país.
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Índices
O índice Dow Jones fechou em alta de 0,80%, a 34.098,160 pontos, o S&P 500 subiu 0,83%, a 4.169,48 pontos, e o Nasdaq avançou 0,69%, a 12.226,58 pontos.
Na semana, os índices acumularam altas de 0,86%, 0,87% e 1,28%, respectivamente.
Já no mês de abril, os ganhos foram de 2,48%, 1,46% e 0,04%.
Balanços e ações
“Os balanços em geral impressionaram esta semana, com o setor de tecnologia liderando os ganhos. Mesmo com o alerta pessimista da Amazon que sugere fraqueza do crescimento dos negócios de computação em nuvem, o otimismo permanece para um segundo trimestre sólido”, avalia Edward Moya, analista de mercados da Oanda. A ação da gigante varejista caiu 3,98%.
Por outro lado, a Intel subiu 4,02%, também após balanço. As petroleiras Chevron (+0,98%) e ExxonMobil (+1,29%) também tiveram desempenho positivo após divulgarem seus resultados trimestrais.
De volta a ações específicas, o First Republic Bank voltou a tombar quase 50%, com queda de 43,30% hoje. Segundo fontes ouvidas pela “CNBC”, a tomada de controle por órgãos reguladores dos EUA – como ocorreu com o SVB e o Signature Bank – é a saída mais provável para o banco, embora um resgate do setor privado ainda não tenha sido descartado.
Inflação
Segundo Moya, Wall Street fez vista grossa a uma rodada de “indicadores mistos” que sedimentaram as expectativas por uma nova alta de juros do Fed na próxima quarta-feira.
Mais importante deles para o futuro da política monetária nos EUA, o núcleo do índice de inflação do PCE avançou 0,3% entre fevereiro e março – dentro do previsto – e 4,6% na base anual do mês passado – 0,1 ponto percentual (p.p.) acima do esperado. Além disso, o índice de custo de emprego avançou 1,2% no primeiro trimestre, também superando as expectativas.
Para Katherine Judge, do banco canadense CIBC, os dados ainda estão muito fortes para que o Fed fique satisfeito com a desaceleração da inflação até aqui. Por isso, o BC vai elevar os juros básicos em 0,25 p.p. na semana que vem, à faixa de 5% a 5,25%, segundo ela.
Outros indicadores
Além dos dados de inflação, saíram o índice de gerentes de compras de Chicago, que subiu de 43,8 a 48,3 pontos e contrariou a expectativa de queda, e a leitura final do índice de sentimento do consumidor de abril, que confirmou o avanço a 63,5 pontos registrado na prévia.