Bolsas dos EUA fecham em queda com mercado precificando nova alta de juros e indicadores econômicos
Mercado voltou a mirar alta de juros e aposta que Fed manterá aperto em maio
Os principais índices acionários das bolsas dos EUA fecharam em queda esta terça-feira (28). Os índices devolvem uma parcela dos ganhos acumulados após uma sequência de altas. Até então, o foco estava na perspectiva de que a crise bancária poderia ter impactos mais modestos do que se temia.
Porém, o foco mudou nesta terça, com o mercado apostando que o Federal Reserve (Fed) fará mais uma alta de juros em sua reunião de maio. Além disso, investidores focaram em indicadores da economia dos EUA.
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Índices
O índice Dow Jones fechou em queda de 0,12%, a 32.394,250 pontos.
O S&P 500 recuou 0,16%, a 3.971,27 pontos.
O Nasdaq cedeu 0,45%, a 11.716,08 pontos.
Impacto da crise bancária
Ao contrário do que previa parte dos investidores, a crise bancária nos EUA não provocou, até agora, sinais de um forte impacto sobre a economia real. Com isso, o mercado voltou a precificar de forma mais contundente uma possível alta de 0,25 ponto percentual dos Fed funds em 3 de maio, data da próxima reunião da entidade monetária.
Segundo cálculo do CME Group, há 57,4% de chance de manutenção dos juros na faixa de 4,75% a 5%, contra 42,6% de probabilidade para o aumento no ritmo citado.
Economia segue aquecida
Indicadores do mercado imobiliário, da atividade industrial e do sentimento do consumidor americanos divulgados hoje reforçaram a percepção de que o ambiente econômico do país segue robusto mesmo com a turbulência recente.
A confiança do consumidor americano subiu a 104,2 em março, de acordo com leitura do Conference Board, acima da previsão de 100,7 de analistas. O dado “apoia uma narrativa de força dos gastos no curto prazo”, segundo James Knightley, economista-chefe internacional do ING.
Setores
Entre os setores do S&P 500, o de serviços de comunicação se destacou negativamente hoje ao recuar 1,02% na média. Por concentrar ações de grandes empresas de tecnologia, mais sensíveis ao aumento dos juros nos EUA, a percepção de um Fed ainda agressivo à frente pesa sobre os papéis.