Bolsas de NY fecham em queda na véspera da divulgação do relatório sobre mercado de trabalho
Investidores operam com temor de que a inflação nos Estados Unidos siga pressionada, o que prolongaria a alta de juros
Os índices acionários de Nova York oscilaram entre ganhos e perdas nesta quinta-feira (6), depois da divulgação de dados do mercado de trabalho americano.
A perspectiva final é de que o aperto monetário do Federal Reserve (Fed) deve permanecer para reduzir a pressão inflacionária, o que jogou os índices para baixo no final do pregão
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O Dow Jones fechou em queda de 1,15%, a 29.926,94, enquanto o S&P 500 recuou 1,02%, a 3.744,52 pontos, e o Nasdaq caiu 0,68%, a 11.073,31 pontos.
Os três índices abriram o pregão no vermelho, subiram para terreno positivo ainda nos minutos iniciais da sessão e voltaram a cair alguns minutos depois.
Seguro-desemprego
O número de solicitações iniciais de seguro-desemprego subiu de 190 mil para 219 mil na semana passada, superando a expectativa de consenso, que era de avanço a apenas 203 mil pedidos.
Os dados econômicos mais fracos do que o esperado chegaram a ser vistos como positivos para os ativos de risco, com a expectativa de que uma desaceleração mais forte da economia pode levar a um alívio na inflação e forçar o Fed a reduzir o ritmo de alta de juros.
“Existe uma concepção errada de que o Fed mudará de postura assim que ele veja uma deterioração econômica”, disse Florian Ielpo, da Lombard Odier Investment Managers, à “Dow Jones Newswires”.
“A mensagem para nós é muito simples: a desaceleração está acontecendo. Provavelmente haverá uma recessão. E as ações precisam começar a mostrar uma precificação melhor do risco de recessão”, completou o analista.
Payroll no radar
Os investidores seguem à espera, agora, da divulgação do relatório de amanhã do “payroll” de criação de vagas de trabalho nos EUA. A expectativa dos economistas consultados pelo “The Wall Street Journal” é de uma queda no número de empregos criados, de 315 mil em agosto para 275 mil em setembro.
Dólar
O dólar segue com alguma força no exterior. O euro perde força em relação à moeda americana, valendo US$ 0,9793, queda de 0,90%.
A libra também desvalorizou em comparação ao dólar, valendo US$ 1,1166, queda de 1,42%.