Lucro das empresas do S&P 500 deve cair 6,6% no 1° tri, diz Julius Baer

Se a estimativa for concretizada, o S&P 500 vai entrar oficialmente “em recessão”, diz estrategista do banco suíço

Wall Street: mercado de capitais global. Foto: Pixabay
Wall Street: mercado de capitais global. Foto: Pixabay

As empresas que compõem o S&P500 devem registrar uma queda de 6,6% nos lucros do primeiro trimestre de 2023 em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, informa o chefe de estratégia de ações do Julius Baer, Mathieu Racheter.

Segundo ele, se a estimativa for concretizada, o S&P 500 vai entrar oficialmente “em recessão”. Os EUA consideram que o crescimento da atividade entra em recessão “técnica” se registrar contratação por dois trimestres seguidos. E o S&P 500 já registrou perdas no quarto trimestres de 2022.

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Setores

Racheter afirma que, em relação aos setores, aqueles cíclicos de consumo e industriais devem registrar os maiores ganhos nos lucros, impulsionados por fatores especiais, enquanto os setores de matérias-primas e cuidados com a saúde devem registrar os menores resultados em relação ao mesmo período do ano anterior.

O economista prevê que sete dos 11 setores que compõem o S&P 500 devem registrar crescimento negative nos lucros.

Efeitos negativos de alavancagem

Segundo ele, a expectative é de que o interval entre o crescimento dos lucros e da receita permaneça aberto, em 8,8%, indicando que os efeitos negativos de alavancagem operacional ainda estão causando impacto.

“Embora estejamos menos preocupados com os resultados do primeiro trimestre, dado as expectativas moderadas e com o fato de que os dados do período ainda mostram força no geral, o foco dos investidores vai estar no ‘guidance’ future, particularmente em como o recente aperto nas condições de crédito irá impactor os fundamentos das empresas”, afirma, em nota.

O economista explica que, historicamente, as condições de crédito influenciam o crescimento da receita depois de um período de espera de dois trimestres. “A expectativa é de que uma recuperação no crescimento do lucro e nas margens de lucro ocorra a partir do terceiro trimestre”, observa.

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