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Bolsas da Europa fecham em forte alta após decisões do BoE e BCE
As principais bolsas da Europa fecharam em alta, repercutindo as decisões de política monetária do Banco Central Europeu (BCE) e do Banco da Inglaterra (BoE), que aumentaram as taxas de juros em 0,50 ponto percentual.
O otimismo do mercado também ocorre por conta da redução de ritmo do aperto monetário do Federal Reserve (Fed) na tarde de ontem e declarações consideradas “dovish” do presidente do Fed, Jerome Powell.
Após ajustes, o índice Stoxx 600 fechou em alta de 1,37%, a 459,29 pontos.
O índice DAX, de Frankfurt, teve aumento de 2,16%, a 15,509,19 pontos.
O FTSE 100, de Londres, registrou alta de 0,76%, a 7.820,16 pontos.
O francês CAC 40 contabilizou alta de 1,26%, a 7.166,27 pontos.
Entre os setores do Stoxx Europe 600, o segmento de lazer e turismo fechou com alta de 4,23% e o segmento bancário teve queda de 0,68%.
Euro atinge maior valorização ante o dólar em dez meses
O euro atingiu no começo do pregão desta quinta sua maior valorização ante o dólar em 10 meses, desde abril de 2022, diante da alta de 0,50 ponto porcentual nos juros da zona do euro.
Nos dois primeiros dias de fevereiro, a moeda da zona do euro já avançou 1,12% ante a moeda americana e alcançou seu melhor nível em relação ao dólar desde abril do ano passado.
Em 2023, o avanço chegou a 2,50% em um movimento que reforça a divergência que começa a tomar forma entre as políticas do BCE e do Federal Reserve (Fed) à medida que o BCE ainda tem um longo caminho a subir os juros e impulsiona o euro, enquanto a redução do ritmo de altas do Fed enfraquece o dólar.
Depois, no começo da tarde, o dólar se recuperou e emplacou alta forte em comparação com o euro e a libra, após o mercado absorver as decisões monetárias do Banco Central Europeu (BCE) e do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês).
Por volta de 12h45 (de Brasília), o índice DXY subia 0,33%, a 101,566 pontos, enquanto o euro baixava 0,81%, a US$ 1,0923, e a libra cedia 0,78%, a US$ 1,2290.
Por volta das 13h45, o euro recuava 0,89%, a US$ 1,09139, enquanto a libra tinha queda de 1,12%, a US$ 1,22484.
BCE aumenta juros
A agenda foi movimentada no continente europeu, com as decisões de política monetária do BoE e do BCE. O BC da zona do euro elevou suas taxas de juros em 0,50 ponto percentual e indicou que deve seguir com o aperto monetário de forma significativa.
Em coletiva de imprensa após a decisão, a presidente do BCE, Christine Lagarde, apontou que o banco vai avaliar novas altas de juros até chegar em um território suficientemente restritivo, mas reconheceu que a economia já sente os efeitos do aperto monetário.
Na leitura do economista-chefe do Commerzbank, Jork Kramer, o aumento de 0,50 ponto percentual, que elevou a taxa de depósito para 2,50% já era esperado.
“O BCE também já sugeriu uma nova alta de juros no mesmo valor para a reunião de março. Para a próxima reunião de maio, no entanto, esperamos que o ritmo de alta dos juros seja reduzido para 0,25 ponto percentual porque a inflação deve continuar em queda”, aponta o analista do banco alemão.
Inglaterra também sobe taxa básica
O BoE também aumentou a taxa de juros em 0,50 ponto percentual, para 4%. Sete dos nove membros do comitê votaram pela alta de juros, dois pela manutenção e um por um aumento de 0,75 ponto percentual.
O Commerzbank também avaliou em relatório enviado aos clientes sobre a decisão do BoE que a autarquia mudou a sua orientação futura em relação aos aumentos de taxas de juros. “Anteriormente, esperávamos apenas um aumento de taxa de 0,25 ponto percentual na próxima reunião em março, o que já estava abaixo do consenso. Agora, mesmo este último passo tornou-se mais incerto.
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