Bolsas da Europa fecham em queda diante do maior aumento de juros na Inglaterra desde 1989

As bolsas europeias operaram sob impacto das decisões do Fed e do o Banco da Inglaterra

Confira o desempenho das bolsas europeias - Foto: Unspash
Confira o desempenho das bolsas europeias - Foto: Unspash

As principais bolsas da Europa e o índice financeiro do continente Stoxx 600 recuaram na manhã desta quinta-feira (3), repercutindo a decisão do Federal Reserve (Fed) de elevar pela sexta vez consecutiva as taxas de juros e sinalizar a possibilidade de um aperto monetário mais prolongado nas próximas reuniões, ainda que com uma redução de ritmo.

Ainda hoje, o Banco da Inglaterra (BoE) atualizou sua política monetária, com aumento de 0,75 na taxa de juros, o maior em 33 anos.

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O índice Stoxx 600 operava em queda de 0,93%, a 409,25. Enquanto isso, o índice DAX, de Frankfurt, descia 0,95% e o FTSE 100, de Londres, recuava 0,62%. Já o francês CAC 40 tinha queda de 0,54%.

Fed mexe com as bolsas europeias

Na quarta (2), o banco central americano elevou as taxas de juros em 0,75 ponto percentual, com os juros no intervalo de 3,75% a 4% anuais.

O movimento já era esperado pelo mercado, mas os investidores foram surpreendidos pela coletiva de imprensa do presidente do Fed, Jerome Powell, que sinalizou que “é prematuro discutir uma pausa” nas altas de juros.

O economista-chefe da Julius Baer, David Kohl, apontou que o Fed mostrou forte determinação em continuar com o aperto monetário, por conta da força do mercado de trabalho e os dados da inflação.

“Continuamos esperando que o Fed suba as taxas em um ritmo mais lento de 0,50 ponto percentual em sua próxima reunião em dezembro e vemos um risco crescente de que o Fed continue subindo as taxas em 2023, apertando severamente a política monetária”, acrescentou, em nota.

Banco da Inglaterra

Já o BoE (Banco da Inglaterra, o banco central britânico) anunciou o maior aumento da taxa de juros em 33 anos na manhã desta quinta-feira após semanas de turbulência nos mercados políticos e financeiros. Isso também tem mexido com o humor dos investidores.

Economistas esperavam um aumento de 0,75 ponto percentual do Comitê de Política Monetária, que se confirmou. É o maior aumento desde 1989, que iguala o ritmo dos movimentos recentes do Fed, e a oitava alta consecutiva desde que o BoE começou a apertar a política monetária, em dezembro.

Indicadores

No âmbito dos números da Economia no bloco europeu, a taxa de desemprego da zona do euro registrou ligeira queda em setembro para 6,6% ante o número revisado de 6,7% em agosto, segundo a Eurostat, a agência de estatística da União Europeia.

Já o índice britânico de gerente de compras (PMI, na sigla em inglês) composto, que reúne dados do setor industrial e também de serviços, caiu para 48,2 em outubro, de 49,1 em setembro, conforme apontaram os dados divulgados nesta quinta-feira pelo S&P Global.

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