Bolsas da Europa recuam após dados dos EUA mostrarem economia resiliente
Dados econômicos dos EUA e da Europa movimentam os principais índices europeus nesta terça-feira (6)
Os principais índices acionários da Europa recuaram nesta terça-feira (6), repercutindo os dados divulgados ontem nos Estados Unidos, que mostraram que a economia americana segue forte, aumentando a possibilidade do Federal Reserve (Fed) seguir com o aperto monetário no longo prazo.
Após ajustes, o índice Stoxx Europe 600 fechou em queda de 0,58%, a 438,92 pontos.
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O FTSE 100, índice de referência da bolsa de Londres, desceu 0,61%, a 7521,39 pontos, o DAX, de Frankfurt, recuou 0,72%, a 14.343,19 pontos, e o CAC 40, de Paris, registrou retração de 0,14%, a 6.687,79 pontos.
Entre os setores do Stoxx Europe 600, a principal queda ficou com o setor de serviços financeiros, que teve retração de 1,44%. O segmento de serviços e produtos do consumo teve valorização de 0,05%.
Euro e libra
Às 14h41, o euro registrava queda de 0,05%, a US$ 1,0486, enquanto a libra recuava 0,02%, a US$ 1,2186. Já o índice DXY, que mede o peso do dólar ante seis moedas de mercados desenvolvidos, operava em queda de 0,07%, a 105,36 pontos.
Índice de compras dos EUA
Ontem, o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) do setor de serviços do Instituto para Gestão da Oferta (ISM) nos EUA subiu a 56,5 em novembro, ante 54,4 em outubro. O resultado ficou acima da expectativa dos economistas consultados pelo “The Wall Street Journal”, de 55,5.
“O relatório de serviços do ISM está sendo interpretado como muito forte e, portanto, a economia está superaquecendo e isso significa mais aperto do Fed”, apontou Will Compernolle, economista sênior da FHN Financial.
Dados da Europa
No front dos dados publicados hoje no continente europeu, as encomendas à indústria subiram 0,8% em outubro na Alemanha em comparação com o mês anterior, de acordo com dados ajustados do escritório de estatísticas alemão Destatis divulgados na terça-feira.
O indicador ficou mais alto do que as projeções de economistas consultados pelo “The Wall Street Journal”, que haviam previsto uma alta de 0,2%. Em setembro, as encomendas caíram 2,9%, abaixo da queda de 4% inicialmente estimada.
“As encomendas recebidas pela indústria alemã aumentaram 0,8% em outubro. No entanto, isso não chega nem perto de compensar o declínio significativo no mês anterior. A tendência de novas encomendas continua a apontar claramente para baixo”, aponta o economista-sênior do Commerzbank, Ralph Solveen, em relatório.
“Embora muitas empresas ainda tenham grandes carteiras de pedidos, a produção deve cair nos próximos meses, contribuindo para uma leve contração da economia alemã no primeiro semestre do ano”, acrescenta o analista do banco alemão.