Bolsas da Europa fecham sem direção única com vendas no varejo e China no foco

Atividades do varejo na Europa e meta de crescimento da China impactaram o mercado

Confira o desempenho do FTSE 100, principal índice da Bolsa de Londres, e de outros índices europeus - Foto: divulgação
Confira o desempenho do FTSE 100, principal índice da Bolsa de Londres, e de outros índices europeus - Foto: divulgação

Os principais índices acionários do continente europeu encerraram o dia sem direção única, em meio a divulgação dos dados de vendas no varejo da região e as notícias vindas da Ásia, depois que a China anunciou suas metas de crescimento.

Após ajustes, o índice Stoxx 600 fechou em queda de 0,02%, a 464,18 pontos. Já o índice DAX, de Frankfurt, teve ganho de 0,48%, a 15,653,58 pontos, enquanto o FTSE 100, de Londres, registrou queda de 0,22%, a 7.929,79 pontos. O francês CAC 40 contabilizou avanço de 0,34%, a 7.373,21 pontos. Entre os setores do Stoxx Europe 600, o segmento de automóveis e peças teve alta de 3,59%, enquanto o setor de alimentos, bebidas e tabaco caiu 1,57%.

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Mais cedo, entre os setores do Stoxx Europe 600, o setor de turismo registrou alta de 1,21% e o segmento químico contabilizou queda de 1,10%.

Euro, libra e dólar

Por volta das 14h05, o euro subia 0,62%, a US$ 1,06921. Já a libra tinha alta de 0,13%, a US$ 1,120433.

Já o índice DXY, que mede o peso do dólar ante seis moedas de mercados desenvolvidos, recuava 0,27%, a 104,24 pontos.

Vendas no varejo

Os dados de vendas no varejo da zona do euro tiveram destaque hoje, registrando alta de 0,3% em janeiro, o que compensou parcialmente a queda revisada de 1,7% em dezembro. A leitura veio abaixo do aumento de 0,5% previsto por economistas consultados pelo “The Wall Street Journal”. Em uma base anual, o volume de vendas no varejo caiu 2,3% em janeiro.

“Considerando o valor de hoje como dado, o ‘carry over’ – caso as vendas no varejo se mantivessem no nível de janeiro em fevereiro e março – aponta para uma queda de 0,3% nas vendas no varejo neste trimestre”, afirma a economista-sênior da Pantheon Macroeconomics, Melanie Debono, em relatório. “Achamos que será um pouco maior, talvez em torno de 1%, pois achamos que as vendas no varejo provavelmente caíram no mês passado e neste mês do que aumentaram”, completa.

Os números de hoje somados com um cenário de de inflação ainda alta e o retiro do apoio fiscal na região, podem ser uma força negativa para o Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro neste trimestre, avalia Debono. “Esses mesmos motivos, e a queda de 7,7% mês a mês nos registros de carros em janeiro, são os motivos pelos quais acreditamos que os gastos gerais do consumidor cairão neste trimestre, pesando no crescimento do PIB, como provavelmente aconteceu no quarto trimestre”, completa.

Projeção para o PIB chinês

Além dos dados de varejo, investidores também avaliaram as decisões do Partido Comunista da China durante sessão do Congresso neste fim de semana. Nele, o governo liderado por Xi Jinping anunciou uma meta de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de “cerca de 5%” para 2023 e medidas fiscais mais tímidas do que no ano passado.

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