Maioria das Bolsas da Europa fecha em baixa, com perspectivas para atividade e BCs
Os temores incluem decepções com a retomada da atividade na China, além dos passos recessivos no continente europeu, especialmente na Alemanha
As bolsas da Europa fecharam na maioria em baixa nesta quarta-feira (7), em um cenário de cautela com a deterioração das condições da economia global, enquanto há ainda atenção dos investidores aos próximos passos da política monetária dos principais bancos centrais.
Os temores incluem decepções com a retomada da atividade na China, além dos passos recessivos no continente europeu, especialmente na Alemanha.
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Índices das bolsas europeias
O índice pan-europeu Stoxx 600 recuou 0,17%, a 460,91 pontos.
O CAC 40 recuou 0,09% em Paris, a 7.202,79 pontos, e o PSI 20 caiu 0,28% em Lisboa, a 5.916,85 pontos.
Por outro lado, o FTSE MIB subiu 0,07% em Milão, a 27.055,50 pontos.
Com a ação da Industria de Diseño Têxtil (Inditex), conglomerado de moda espanhol que controla a Zara e outras marcas, saltando 5,69%, o Ibex 35 ganhou impulso e subiu 0,57%, a 9.363,50 pontos em Madri.
Em balanço trimestral divulgado nesta quarta, a Inditex superou expectativas de lucro e receita. Já no Reino Unido, o FTSE 100 caiu 0,05%, a 7.624,34 pontos.
Na Alemanha, a produção industrial cresceu 0,3% em abril, menos do que o esperado e, para o ING, a economia alemã tende a continuar em recessão neste trimestre se não houver avanço significativo na atividade doméstica.
Em Frankfurt, o DAX caiu 0,20%, a 15.960,56 pontos.
Projeções de crescimento da OCDE sobem
Em meio a preocupações com a perspectiva global, a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) divulgou nesta quarta novas projeções de crescimento.
A entidade prevê agora que o PIB global crescerá 2,7% em 2023, um pouco mais do que calculava antes.
Já exportações chinesas sofreram queda anual de 7,5% em maio, contrariando projeção de alta e reforçando preocupações sobre o ritmo de recuperação da segunda maior economia do mundo.
Cautela com Fed
Investidores também mostram cautela antes de decisões de política monetária nos EUA e na zona do euro, na próxima semana.
O movimento ganhou força após o BC canadense elevar os juros em 25 pontos-base (pb) nesta quarta, em movimento parecido ao BC da Austrália na terça, e os temores de uma elevação similar pelo Fed (Federal Reserve) no dia 14 de junho se intensificaram.
As expectativas são de que o Fed faça uma pausa no ciclo de aumento de juros que teve início em março do ano passado, mas o Banco Central Europeu (BCE) promete continuar elevando suas taxas. Os integrantes do conselho do BCE Gabriel Makhlouf e Isabel Schnabel discursaram nesta quarta sobre a necessidade de mais trabalho na política monetária.