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Bolsas da Europa fecham sem fôlego em meio a preocupações com economia global
As bolsas europeias fecharam na maioria em queda, prejudicadas pelo baixo sentimento de risco, que também contamina Wall Street, à medida que temores com a saúde da economia global e com apertos nas condições de crédito se espalham. O movimento de hoje acontece às vésperas da divulgação da inflação ao consumidor (CPI) dos Estados Unidos e da decisão do Banco da Inglaterra (BoE).
O índice pan-europeu Stoxx 600, que compila ações de 17 mercados europeus, fechou em queda de 0,33%, a 465,41 pontos. Entre os principais mercados do continente, o índice DAX, da bolsa de Frankfurt, subiu 0,02%, a 15.955,48 pontos, e o parisiense CAC 40 perdeu 0,59%, a 7.397,17 pontos.
Já na bolsa de Londres, o FTSE 100 caiu 0,18%, a 7.764,09. As ações do setor imobiliário exibiram as piores perdas, como a British Land Company (-2,86%) e Land Securities (-3,18%).
Aperto nas condições de crédito
Na segunda, o Federal Reserve (Fed) divulgou em que alerta para o aperto nas condições de crédito por parte dos bancos, ao mesmo tempo em que a demanda por financiamentos também arrefece, afetando vários setores, inclusive o imobiliário.
Para a Oxford Economics, a maior preocupação é que a maioria dos bancos planeja apertar ainda mais os padrões ao longo do ano, o que privará empresas e famílias de crédito e ajudará a levar a economia à recessão no segundo semestre deste ano.
“No entanto, os efeitos do pânico bancário serão sentidos com o tempo. Esse aperto de longo prazo na disponibilidade de crédito restringirá as partes da economia sensíveis ao endividamento, particularmente o investimento de pequenas empresas que impulsionam uma parcela desproporcional das contratações”, analisa a consultoria.
China
Além disso, os mercados europeus sofreram com a queda das importações da China. O ING acredita que a economia global está se deteriorando e enfraquecerá o setor manufatureiro do país asiático.
“Parece mais provável que, em resposta, o governo intervenha para apoiar o mercado de trabalho do setor manufatureiro por meio de estímulos fiscais”, prevê o banco holandês.
No âmbito da política monetária, a expectativa é pela decisão do BoE na quinta-feira, que deve elevar juros em 25 pontos base.
“Não há lançamentos de dados importantes antes da reunião do BoE”, aponta o ING, que diz esperar uma revisão para cima nas projeções de crescimento e uma reiteração de que mais aperto é possível se surgirem sinais de inflação “persistente”.
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