Bolsas da Europa fecham em queda com investidores avaliando perspectivas econômicas globais

Na leitura da Oxford Economics Angel Talavera a zona do euro deve passar por uma recessão superficial nos próximos meses

Confira o desempenho do FTSE 100, principal índice da Bolsa de Londres, e de outros índices europeus - Foto: divulgação
Confira o desempenho do FTSE 100, principal índice da Bolsa de Londres, e de outros índices europeus - Foto: divulgação

Os principais índices acionários da Europa fecharam em queda hoje, com os investidores avaliando o cenário econômico global após o discurso do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, que não deu muitos sinais sobre o futuro da política monetária americana.

Após ajustes, o índice Stoxx 600 fechou em queda de 0,59%, a 445,71 pontos. O índice DAX, de Frankfurt, teve queda de 0,12%, a 14.774,60 pontos e o FTSE 100, de Londres registrou retração de 0,39%, a 7694,49 pontos. O francês CAC 40 contabilizou queda de 0,55%, a 6.869,14 pontos.

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Entre os setores do Stoxx Europe 600, o segmento químico registrou queda de 1,05%. O setor de materiais e construção também contabilizou retração de 0,85%.

Euro e libra

As 13h55, o euro registrava alta de 0,04%, a US$ 1,07362, enquanto a libra recuava 0,28%, a US$ 1,21499. Já o índice DXY, que mede o peso do dólar ante seis moedas de mercados desenvolvidos, operava em alta de 0,29%, a 103,299 pontos.

Discurso de Powell

Apesar de muito aguardado pelo mercado, o discurso de Powell em evento organizado pelo banco central da Suécia (Riksbank) hoje cedo não trouxe falas sobre política monetária.

Em curto comentário no início de simpósio sobre independência dos bancos centrais, o presidente do Fed se limitou a falar sobre o tema do simpósio.

Ele reiterou que o BC americano está fortemente empenhado em reduzir a inflação, ainda que os aumentos das taxas de juro para restringir o crescimento económico possam alimentar críticas políticas.

“A estabilidade dos preços é o alicerce de uma economia saudável e dá ao público inúmeros benefícios ao longo do tempo”, disse Powell no simpósio em Estocolmo.

Produção industrial normaliza na França

No continente europeu, os mercados se voltaram para os dados da produção industrial francesa, que aumentou em novembro, com a atividade voltando à normalidade depois que greves nas refinarias causaram uma queda acentuada na produção de outubro.

A produção industrial – incluindo produção em manufatura, energia e construção – subiu 2,0% no mês, mostraram dados do escritório de estatísticas do país, o Insee, na manhã desta terça-feira, superando o aumento de 0,8% esperado de economistas consultados pelo “The Wall Street Journal”.

Recessão está próxima

Na leitura do analista da Oxford Economics Angel Talavera a zona do euro deve passar por uma recessão superficial nos próximos meses. “A combinação de clima favorável, ação política eficaz e mudanças de comportamento da indústria e dos consumidores significa que a situação energética na Europa é muito mais positiva do que se temia”, diz ele.

O outro lado da perspectiva melhor é que provavelmente levará a mais aumentos nas taxas de juros do Banco Central Europeu, apesar dos sinais de que a inflação está prestes a começar a cair acentuadamente, diz Talavera. “Nossa preocupação é que a maior parte do impacto do atual ciclo de aperto ainda não foi sentido na economia real e o BCE está arriscando um aperto excessivo”, disse ele.

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