Bolsas europeias fecham no vermelho com novos ataques à Ucrânia e à espera da decisão do Fed
Cidades e instalações importantes da Ucrânia foram atacadas pelo exército russo, apontando para um recrudescimento da guerra
As bolsas europeias fecharam em queda na primeira sessão da semana, ainda pressionados pelos temores de mais apertos monetários dos bancos centrais, enquanto os investidores aguardam o início da temporada de balanços corporativos e a divulgação de novos dados de inflação nos EUA.
Além disso, a região também teve o anúncio de um novo ataque da Rússia a Kiev, capital da Ucrânia, e outras cidades importantes do país.
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A Rússia lançou nesta segunda-feira uma série de bombardeios contra regiões ucranianas, incluindo o centro da capital Kiev, distante da frente de batalha. Com estruturas de energia, comunicações e instalações militares como alvos principais.
A medida foi vista como uma retaliação de Moscou após a ponte que liga a região da Crimeia ao território russo ser danificada por mísseis ucranianos.
Índices
Após ajustes, o Stoxx Europe 600 fechou o pregão em queda de 0,40%, a 390,12 pontos.
O FTSE 100, índice de referência da bolsa de Londres, caiu 0,45%, a 6.959,31 pontos, o DAX, de Frankfurt, recuou 0,07%, a 12.272,94 pontos, e o CAC 40, de Paris, cedeu 0,45%, a 5.840,55 pontos.
Em Milão, o FTSE MIB subiu 0,05%, na contramão dos seus pares no continente, a 20.912,96 pontos, e o Ibex 35, de Madri, caiu 0,31%, a 7.413,50 pontos.
Câmbio
O euro registrou queda de 0,44% em relação ao dólar, cotado a US$ 0,9698. A libra também teve em queda, de 0,47%, cotada a US$ 1,1032.
Expectativa de aumento de juros
Além da guerra, a divulgação do relatório de geração de empregos dos EUA em setembro, o payroll, que veio mais forte do que o esperado pelo mercado, também está no radar.
Segundo o relatório de empregos dos EUA, setembro registrou a criação de 263 mil novas vagas, com o desemprego caindo de 3,7% para 3,5%.
De acordo com o analista da Interactive Investor, Richard Hunter, o Fed deve aumentar as taxas de juros em 0,75 ponto percentual na reunião do dia 2 de novembro após a divulgação do relatório do payroll.
Apoio aos fundos de pensão na Inglaterra
No continente europeu, o Banco da Inglaterra (BoE) anunciou nesta segunda-feira que deve continuar comprando títulos britânicos de longo prazo em quantias maiores e que vai fornecer apoio continuo aos fundos de pensão que estão no centro da crise dos mercados de títulos no Reino Unido.
No mês passado, o banco central britânico havia lançado uma série de leilões em que se oferecia para comprar 5 bilhões de libras em títulos do verno do Reino Unido.
Esses leilões estão programados para terminar na sexta-feira e o BoE disse que aumentaria o valor diário oferecido.
“O Banco está preparado para implantar essa capacidade não utilizada para aumentar o tamanho máximo dos cinco leilões restantes acima do nível atual de até 5 bilhões de libras em cada leilão”, afirmou.