Bolsas da Europa fecham em queda firme em meio a preocupação no setor bancário

Para a Morningstar, o colapso não deve ser visto como uma leitura da saúde dos balanços dos bancos europeus, já que eles estão menos expostos a títulos

Bandeira da União Europeia. Foto: Pixabay
Bandeira da União Europeia. Foto: Pixabay

Os principais índices acionários do continente europeu encerraram o dia no vermelho, após o colapso do Silicon Valley Bank (SVB) e do Signature Bank contaminar o desempenho das ações de bancos europeus, diante de temores de contágio no setor bancário.

Após ajustes, o índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em queda de 2,42%, a 442,80 pontos. O índice DAX, de Frankfurt, teve perda de 3,04%, a 14.959.47 pontos e o FTSE 100, de Londres, registrou queda de 2,58%, a 7.548,63 pontos. O francês CAC 40 contabilizou recuo de 2,90%, a 7.011,50 pontos.

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Euro e libra

Por volta das 14h10, o euro tinha alta de 0,98%, a US$ 1,07467, enquanto a libra subia 0,71%, a US$ 1,21616.

Boia de salvação

Temendo que a situação envolvendo o SVB colocasse em risco o setor financeiro dos Estados Unidos, durante o fim de semana, o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) anunciou a criação de uma linha de empréstimo de emergência para fortalecer o sistema bancário dos EUA.

O Programa de Financiamento a Prazo do Banco (BTFP) irá oferecer empréstimos de até um ano para os credores que utilizarem como garantia títulos do Tesouro americano, dívidas de agências, títulos lastreados em hipotecas e outros “ativos qualificados”.

Política monetária mais frouxa

A medida fez com que o mercado passasse a reduzir as apostas em uma continuidade do aperto monetário pela autarquia, porém não foi suficiente para conter as perdas nos bancos europeus. O HSBC fechou em queda de 4,13%, enquanto o BNP Paribas teve recuo de 6,69%, o Santander perdeu 7,35%, o Credit Suisse cedeu 9,58%, e o UBS caiu 7,66%.

Entretanto, para a Morningstar, o colapso do SVB não deve ser visto como uma leitura da saúde dos balanços dos bancos europeus, já que eles estão menos expostos a títulos e detêm mais seus ativos em dinheiro nos bancos centrais.

“A incerteza atual também pode aumentar o custo do financiamento e aumentar a taxa na qual os bancos europeus repassam taxas de juros mais altas aos depositantes”, escreveu o analista da casa Johann Scholtz, observando que, contudo, o risco de contágio permanece.

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