Bolsas da Europa fecham em alta com bom resultado de fundos de pensão britânicos

A confiança entre os consumidores do Reino Unido medida pelo instituto de pesquisa GfK aumentou em novembro pelo segundo mês consecutivo

Vista do distrito financeiro de Londres (Foto: Bastian Pudill/Unsplash)
Vista do distrito financeiro de Londres (Foto: Bastian Pudill/Unsplash)

Os principais índices acionários da Europa avançaram na manhã desta sexta-feira (18), após a divulgação dos dados de confiança do consumidor no Reino Unido e a recepção positiva do mercado em relação ao novo plano fiscal apresentado ontem pelo ministro das Finanças britânico, Jeremy Hunt.

Após ajustes, o índice Stoxx Europe 600 fechou em alta de 1,16%, a 433,33 pontos.

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O FTSE 100, índice de referência da bolsa de Londres, subiu 0,53%, a 7.385,52 pontos, o DAX, de Frankfurt, avançou 1,16%, a 14.431,86 pontos, e o CAC 40, de Paris, registrou valorização de 1,04%, a 6.644,46 pontos.

Em Milão, o FTSE MIB fechou em alta de 1,38%, a 24.675,18 pontos, e o Ibex 35, de Madri, avançou 1,08%, a 8.127,80 pontos.

Entre os setores do Stoxx Europe 600, a principal alta ficou com o setor de automóveis e peças, que teve valorização de 1,52%. O segmento de energia teve retração de 1,23%.

Fundos de pensão

O setor de fundos de pensão no Reino Unido contribuiu para a alta das bolsas na Europa. As ações da gestora Legal & General subiram 3,08% com uma estratégia dos fundos de pensões de se protegerem contra as mudanças recorrentes dos títulos do Tesouro britânico, optando pelo investimento em ações, o que evitou que registrasse perdas durante o período de turbulência provocado pelo mini-orçamento da ex-premiê Lis Truss.

Confiança dos consumidores

A confiança entre os consumidores do Reino Unido medida pelo instituto de pesquisa GfK aumentou em novembro pelo segundo mês consecutivo, refletindo em parte o fim da turbulência política, mas espera-se que os ganhos no sentimento sejam de curta duração com o aumento nos custos de vida e uma piora nas perspectivas econômicas no médio prazo.

O GfK afirmou que o indicador de confiança econômica subiu para -44 pontos em novembro, ante os -47 pontos de outubro, a maior alta em três meses, embora continue muito abaixo da média histórica e perto das mínimas recordes.

Os economistas consultados pelo “The Wall Street Journal” previam uma ligeira alta para -46 pontos.

“O resultado deste mês deve ser apenas um alívio coletivo depois do novo primeiro-ministro assumir o cargo após o fiasco orçamental que vimos em setembro”, afirmou Joe Staton, diretor de estratégia de clientes da GfK.

Staton ressaltou que a pesquisa foi organizada antes da divulgação do plano fiscal do ministro das Finanças do Reino Unido, Jeremy Hunt.

Volume de vendas

Além disso, o indicador sobre o volume de vendas no varejo aumentou 0,6% em outubro, na relação mensal, recuperando-se da queda revisada de 1,5% em setembro, segundo dados do Escritório de Estatísticas Nacionais (ONS, na sigla em inglês) nesta sexta-feira. Economistas consultados pelo “The Wall Street Journal” esperavam que as vendas no varejo tivessem alta de 0,7%.

“A recuperação parcial das vendas no varejo em outubro, para um patamar ainda 1,4% abaixo da média de 2019, é um sinal falso. Os números das vendas no varejo de setembro foram reduzidos artificialmente pelo funeral da Rainha Elizabeth II, durante o qual muitas lojas fecharam, então uma recuperação parcial sempre parecia provável”, afirmou a analista da Pantheon Macroeconomics, Gabriela Dickens.

Aumento de impostos

Ontem, o governo do Reino Unido divulgou os maiores aumentos de impostos e cortes de gastos em uma década, tornando-se a primeira grande economia ocidental a começar a limitar drasticamente o crescimento de seus gastos após anos de estímulo fiscal intensificado durante a pandemia e recentes subsídios à energia.

Hunt, anunciou 55 bilhões de libras em cortes de gastos e aumentos de impostos nos próximos cinco anos, uma tentativa de começar a reduzir o tamanho da dívida do governo em relação à economia a partir do ano fiscal que termina em março de 2028.

Ucrânia

Os investidores também seguem acompanhando as tensões geopolíticas envolvendo a guerra na Ucrânia, após dois mísseis terem caído em uma cidade polonesa, próxima da fronteira do país com Kiev.

A Polônia é um país membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), o que contribuiu para os temores de uma possível escalada no conflito.

Contudo, o presidente do país, Andrzej Duda, afirmou que os projéteis podem ter sido lançados pelas forças ucranianas de forma acidental. Kiev afirmou que quer participar da investigação e ver evidências de que os mísseis foram lançados pelo exército ucraniano.

Câmbio

Hoje, o euro recua ante o dólar e a libra avança, com a primeira moeda registrando queda de 0,12%, a US$ 1,03490, enquanto a segunda subia 0,32%, a US$ 1,18944. Já o índice DXY, que mede o peso do dólar ante seis moedas de mercados desenvolvido, operava em alta de 0,07%, a 106,770 pontos.

Já o índice DXY, que mede o peso do dólar ante seis moedas de mercados desenvolvidos recuava 0,24%.

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