Bolsas da Europa fecham em queda com dados de inflação e anúncio de Putin

Bolsas europeias fecham no vermelho impactadas pelos dados da zona do Euro e pelo acirramento das tensões na Ucrânia

Vista do distrito financeiro de Londres (Foto: Bastian Pudill/Unsplash)
Vista do distrito financeiro de Londres (Foto: Bastian Pudill/Unsplash)

As bolsas europeias fecharam em queda nesta quarta-feira (19). O pregão começou com um mau humor causado pelos anúncios dos dados sobre inflação na zona do euro.

Os investidores também se debruçam sobre o aumento dos preços ao produtor (PPI) e ao consumidor (CPI) no Reino Unido.

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Depois, o anúncio de Putin, que vai impor lei marcial nas quatro regiões da Ucrânia anexadas pela Rússia, agravou o clima ruim no mercado.

O Stoxx 600 fechou o dia em queda de 0,42%, a 398,18 pontos.

Entre os índices das bolsas da Europa, na Alemanha, o Dax fechou em baixa de 0,19%.

O CAC 40, da França, teve queda de 0,43%, e o FTSE, do Reino Unido, recuava 0,17%.

Guerra na Ucrânia

O presidente russo, Vladimir Putin, anunciou lei marcial nas quatro regiões da Ucrânia anexadas e “mobilização econômica” em oito regiões da Rússia que fazem fronteira com a Ucrânia para restringir a entrada e saída de cidadãos destas áreas.

As decisões foram formalizadas em um decreto assinado nesta quarta-feira, segundo a agência de notícias russa “Ria Novosti”.

O decreto de lei marcial foi anunciado para as regiões de Donetsk, Luhansk, Kherson e Zaporizhia, recém-anexadas pela Rússia após referendo questionado internacionalmente.

O anúncio chega dias após relatos de que a Rússia está ordenando a saída de cidadãos da região de Kherson devido ao avanço da Ucrânia. O chefe russo da região, Kirill Stremousov disse que cerca de 50 mil a 60 mil pessoas serão evacuadas nos próximos seis dias.

Inflação europeia

O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) na zona do euro avançou 9,9% em setembro, no acumulado em 12 meses, conforme divulgou na manhã desta quarta-feira a Eurostat, o serviço de estatísticas da União Europeia.

O resultado veio em ligeiramente abaixo do consenso projetado por economistas consultados pelo “The Wall Street Journal” de uma alta de 10%.

Na relação mês a mês, o CPI de setembro registrou avanço de 1,2%, em linha com o projetado pelos economistas.

As taxas anuais mais baixas foram registradas na França (+6,2%), Malta (+7,4%) e Finlândia (+8,4%). Já as taxas anuais mais elevadas foram contabilizadas na Estônia (+24,1%), Lituânia (+22,5%) e Letônia (+22,0%). Em comparação com agosto, a inflação anual caiu em 6 países e aumentou em 20 países.

Reino Unido

O índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) no Reino Unido avançou 15,6% em setembro, em base anual, contra um crescimento de 20,5% em agosto, indicando uma desaceleração.

O resultado ficou em linha com a projeção dos economistas consultados pelo “The Wall Street Journal”.

Na projeção mensal, o PPI teve um avanço de 0,2%, também em linha com o que foi projetado pelos economistas, mas revertendo a queda de 1,2% registrada em agosto.

A inflação ao consumidor (CPI) acelerou ligeiramente em setembro, retornando à máxima de quatro décadas alcançada em julho, em meio a mais sinais de que as pressões sobre os preços estão se ampliando para além das categorias mais voláteis de alimentos e energia.

O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) – que mede o que as pessoas pagam por bens e serviços – aumentou 10,1% em setembro em relação ao ano anterior, ante 9,9% em agosto, segundo dados do Escritório de Estatísticas Nacionais do Reino Unido (ONS, da sigla em inglês) publicados na quarta-feira.

O índice de preços ao consumidor no Reino Unido veio acima do esperado Economistas consultados pelo The Wall Street Journal esperavam que a inflação chegasse a 10,0%.

Na base mensal, o indicador registrou alta de 0,5%, ligeiramente acima das previsões de um avanço de 0,4%.

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