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Bolsas da Europa fecham em alta em linha com NY enquanto investidores precificam aperto do BCE
Os principais índices acionários da Europa fecharam em alta nesta segunda (23), em linha com o desempenho das bolsas americanas após a divulgação de balanços e notícias de demissão em massa nas empresas do setor de tecnologia.
Os mercados também repercutiram a divulgação de dados econômicos, enquanto avaliam as perspectivas globais antes das reuniões de política monetária do Banco Central Europeu (BCE) e do Federal Reserve (Fed).
Após ajustes, o índice Stoxx 600 fechou em alta de 0,52%, a 454,49 pontos.
O índice DAX, de Frankfurt, teve alta de 0,46%, a 15,102,95 pontos.
O FTSE 100, de Londres, registrou valorização de 0,18%, a 7.784,67 pontos.
O francês CAC 40 contabilizou alta de 0,52%, a 7032,02 pontos.
Entre os setores do Stoxx Europe 600, o segmento de automóveis e peças teve alta de 1,42%, enquanto o setor químico registrou queda de 0,44%.
Euro e libra
Às 13h50, o euro registrava queda de 0,01%, a US$ 1,08631, enquanto a libra recuava 0,34%, a US$ 1,23634.
Já o índice DXY, que mede o peso do dólar ante seis moedas de mercados desenvolvidos, operava em alta de 0,10%, a 102,10 pontos.
Demissões impulsionam bolsas
O apetite por risco foi impulsionado hoje pelos ganhos do setor de tecnologia nos Estados Unidos.
“Os mercados dos EUA começaram a semana da mesma forma que terminaram na semana passada, com o Dow ficando atrás do S&P 500, enquanto o Nasdaq atingiu máximas de um mês depois que outra empresa de tecnologia anunciou uma série de medidas de redução de custos e empregos”, aponta Michael Hewson, analista da CMC Markets, referindo-se ao anúncio do Spotify de que pretende demitir 6% de sua força de trabalho.
Juros na Europa
Os investidores também repercutiram o possível aumento da taxa de juros do BCE. De acordo com o HSBC Global Research, o BCE deve aumentar as taxas em 0,50 ponto percentual, para 2,50%.
Em entrevista a uma emissora holandesa, o membro do BCE, Klaas Knot, apontou que a autarquia deve aumentar a taxa de juros em 0,50 ponto percentual nas reuniões de fevereiro e março. A declaração chegou a impulsionar a cotação do euro em relação ao dólar.
Na leitura da economista do Credit Suisse, Veronika Roharova, as perspectivas econômicas de curto prazo da zona do euro melhoraram significativamente, mas uma leve recessão continua sendo uma possibilidade.
Previsão para o PIB
A economia da região deve crescer 0,5% em 2023 e 1,4% em 2024, acima da previsão anterior de contração de 0,1% e aumento de 1,3%, respectivamente, disse ela.
“As revisões para cima refletem uma resiliência de crescimento surpreendente no segundo semestre de 2022, preços mais baixos de petróleo e gás e reabertura da China mais rápida do que o esperado”, acrescentou Roharova.
Ainda assim, o crescimento econômico da zona do euro deve permanecer moderado nos próximos 12 a 18 meses, já que o aperto contínuo das condições financeiras globais impede qualquer recuperação além do curto prazo, acrescentou a economista do banco suíço.
Indicadores
No front dos dados publicados no continente europeu, o índice de confiança do consumidor da zona do euro subiu a -20,9 em janeiro, segundo leitura preliminar divulgada há pouco pela Comissão Europeia.
A leitura veio um pouco abaixo do previsto por analistas consultados pelo “The Wall Street Journal”, que esperavam alta do indicador a -20,0. Em dezembro, a leitura foi de -22.
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