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Bolsas da Europa fecham em queda após PMIs fracos da região e impasse sobre dívida nos EUA
As bolsas europeias encerraram o pregão desta terça (23) em queda após a maioria dos índices de gerentes de compras (PMIs, na sigla em inglês) da região mostrarem recuo da atividade em maio, de acordo com dados preliminares da S&P Global. O desacordo entre democratas e republicanos para elevar o teto da dívida dos EUA também pesou sobre a busca por ativos de risco.
O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em queda de 0,60%, a 466,10 pontos. Em Frankfurt, o DAX teve baixa de 0,44%, a 16.152,86 pontos, o londrino FTSE 100 cedeu 0,10%, a 7.762,95 pontos, e o parisiense CAC 40 recuou 1,33%, a 7.378,71 pontos.
PMIs da região
O foco do mercado europeu hoje ficou com os PMIs da região. No agregado da zona do euro, o PMI composto, que engloba os setores de serviços e indústrias, caiu de 54,1 em abril a 53,3 em maio, abaixo da estimativa. Tanto o PMI de serviços, a 55,9, quanto o industrial, a 44,6, registraram baixas.
Na Alemanha, o PMI composto teve leve alta a 54,3, com o setor de serviços (57,8) puxando o movimento. O PMI da indústria alemã, porém, caiu a 42,9, menor nível em três anos.
O PMI composto da França também marcou baixa, de 52,4 em abril a 51,4 em maio. Fora da zona do euro, o PMI composto do Reino Unido també caiu um ponto, a 53,9.
Fase de transição
Os PMIs de maio mostram que as economias europeias ainda estão em uma fase de transição, já que a estagnação vista na virada de 2022 para 2023 não deu lugar a uma recuperação forte, avalia Bert Colijn, economista sênior para Europa do banco ING.
O analista pondera ainda que os resultados confirmam que as preocupações acerca da alta inflação europeia devem ficar centradas nos serviços, dada a resiliência econômica do setor nos últimos meses, “enquanto a inflação de bens deve moderar notavelmente daqui pra frente”.
Teto da dívida americana
A dificuldade das autoridades políticas dos EUA chegarem a um acordo para elevar o teto da dívida do país também foi monitorada na Europa, à medida que torna investidores menos propensos ao risco diante da possibilidade de um default americano.
Na segunda, o presidente Joe Biden e o líder da Câmara, Kevin McCarthy, se reuniram pela terceira vez em três semanas para discutir o assunto. Mais uma vez, as conversas não trouxeram avanço concreto em direção a um acordo.
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