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Bolsas da Europa fecham em queda forte com temor por contágio da crise bancária
As bolsas europeias recuaram mais de 1% nesta sexta-feira (24), contaminadas pelo temor de investidores de que a crise bancária se alastre por todo o setor financeiro e outros setores da economia. O foco ficou sobre o Deutsche Bank, cujo crédito default swap (CDS) saltou ao maior nível em vários meses hoje.
O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em queda de 1,37%, a 440,11 pontos. Na semana, por outro lado, o índice acumulou alta de 0,87%.
Em Frankfurt, o índice DAX caiu 1,66% hoje e subiu 1,28% na semana, a 14.957,23 pontos. Já o londrino FTSE recuou 1,26% nesta sexta-feira, a 7.405,45 pontos, com igual variação negativa no acumulado semanal. Por fim, em Paris, o CAC 40 baixou 1,74% hoje e avançou 1,30% na semana, a 7.015,10 pontos.
Por volta do horário de fechamento das bolsas europeias, o spread do CDS do Deutsche Bank operava a 208 pontos-base, de 142 pontos-base no dia 22. Por ser um contrato de garantia contra calotes de governos e empresas, o salto no CDS indica piora da posição do banco alemão ante a crise no setor financeiro.
A ação do Deutsche Bank terminou o pregão com tombo de 8,53%, após ter recuado até 14% mais cedo. Seu rival alemão Commerzbank cedeu 5,45%. Na França, o BNP Paribas teve baixa de 5,27% e o Société Générale recuou 6,13%. Já os papéis dos britânicos Barclays e Standard Chartered desvalorizaram 4,21% e 6,42%, respectivamente.
Apesar da forte queda hoje, os analistas John Higgins e Bradley Saunders, da Capital Economics, não esperam que a fraqueza das ações de bancos deve se estender. “Nem sempre bancos performaram pior que os mercados de ações em geral em recessões – mesmo quando houve uma crise bancária. Isso pode muito bem se repetir desta vez, considerando os preços das ações”, avaliam os analistas em relatório.
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