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Bolsas da Europa fecham em alta acompanhando otimismo em NY sobre o Fed
As bolsas europeias fecharam a sessão desta terça-feira (25) em alta, ainda recebendo suporte do otimismo em Nova York com a possibilidade de uma redução no ritmo de alta de juros do Federal Reserve (Fed), que vem dando suporte às ações em ambos os lados do Atlântico desde a sexta-feira passada.
O otimismo com a possibilidade de um alívio no aperto monetário do Fed a partir de dezembro ganhou força na sexta-feira passada, quando os futuros dos Fed Funds – usados pelos investidores para avaliar as apostas na política monetária do BC americano – apontaram uma probabilidade de mais de 50% de que o Fed eleve os juros em apenas 0,5 ponto percentual em dezembro.
Os futuros voltaram a indicar apostas majoritárias em uma alta de 0,75 p.p. na segunda-feira e chegaram a indicar mais de 50% de chance de desaceleração hoje, mas, por volta das 13h, apontavam probabilidade implícita de 51,5% de alta de 0,75 p.p.
“Nossa tese é de que o Fed terá que recuar” ou arriscar desencadear uma recessão global, disse Jay Hatfield, executivo-chefe da Infrastructure Capital Advisors, à “Dow Jones Newswires”.
O executivo apontou que o rali das ações de ontem foi acompanhado por um rali dos preços dos títulos soberanos – que se movem na direção oposta à dos rendimentos -, devido às “expectativas de um Fed mais ‘dovish’ [favorável a menos aperto monetário]”.
Índices europeus
Após ajustes, o Stoxx Europe 600 fechou em alta de 1,44%, a 407,61 pontos.
O FTSE 100, índice de referência da bolsa de Londres, anotou leve queda de 0,01%, a 7.013,48 pontos, na contramão dos seus pares no continente, enquanto o DAX, de Frankfurt, subiu 0,94%, a 13.052,96 pontos, e o CAC 40, de Paris, avançou 1,94%, a 6.250,55 pontos.
Em Milão, o FTSE MIB subiu 1,40%, a 22.289,85 pontos, e o Ibex 35, de Madri, avançou 1,49%, a 7.794,90 pontos.
Juros
O Banco Central Europeu (BCE) divulga a sua decisão de juros antes disso, nesta quinta-feira, e a expectativa é de que ele eleve a sua taxa de juros em 0,75 ponto percentual.
“Até que haja uma reversão do choque inflacionário visto na zona do euro desde novembro de 2020, o BCE deve favorecer a implementação de uma política monetária restritiva, assim que possível”, disse Kevin Thozet, da Carmignac, à “Dow Jones Newswires”.
Por este motivo, ele diz que um movimento de 0,75 p.p. na quinta-feira é praticamente uma certeza, e que outro movimento de mesma magnitude deve vir na sequência, na reunião de 15 de dezembro.
Reforçando os temores de recessão nos EUA, os dados do Conference Board mostraram uma piora na confiança do consumidor americano.
“As expectativas dos consumidores em relação às perspectivas de curto prazo permaneceram sombrias. O índice de expectativas ainda está abaixo de uma leitura de 80 – um nível associado à recessão – sugerindo que os riscos de recessão parecem estar aumentando”, diz Lynn Franco, diretora-sênior de indicadores econômicos do Conference Board, no relatório.
Indicadores
Entre os dados europeus, o índice de confiança empresarial da Alemanha caiu para 84,3 pontos em outubro, de uma leitura revisada de 84,4 pontos em setembro, mostraram dados do Instituto Ifo na terça-feira.
Este é o valor mais baixo desde maio de 2020. Economistas consultados pelo “The Wall Street Journal” esperavam que o índice chegasse a 83,6.
Balanços
Entre os balanços europeus, o HSBC Holdings PLC, maior banco da Europa, registrou queda de 46% nos lucros do terceiro trimestre em relação ao ano anterior, uma vez que o banco teve despesas de imparidade para a alienação de suas operações de banco de varejo na França e um aumento nas provisões de crédito.
As ações do banco caíram 6,83% na sessão. Já o UBS Group AG teve receita e lucro acima da expectativa no terceiro trimestre, com as taxas de juros mais altas compensando parcialmente o impacto da menor atividade de clientes em seu banco de investimento. A ação do banco suíço fechou em alta de 7,73%.
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