Bolsas da Europa fecham em alta ainda com suporte do Fed

Após ajustes, o Stoxx Europe 600 fechou em alta de 0,66%, a 410,31 pontos e o FTSE 100, de Londres, subiu 0,61%; veja os motivos da alta

Confira o desempenho das bolsas da Europa - Foto: Unsplash
Confira o desempenho das bolsas da Europa - Foto: Unsplash

As bolsas europeias fecharam em alta, com o suporte dado pelo otimismo em torno de uma possível desaceleração do ritmo de elevação de juros do Federal Reserve (Fed) compensando os temores relacionados aos balanços fracos do setor de tecnologia nos EUA. Os investidores aguardam também a decisão de juros do Banco Central Europeu (BCE), que será divulgada amanhã.

Após ajustes, o índice Stoxx Europe 600 fechou em alta de 0,66%, a 410,31 pontos. O FTSE 100, índice de referência da bolsa de Londres, subiu 0,61%, a 7.056,07 pontos, o DAX, de Frankfurt, avançou 1,09%, a 13.195,81 pontos, e o CAC 40, de Paris, ganhou 0,41%, a 6.276,31 pontos. Em Milão, o FTSE MIB fechou em alta de 0,45%, a 22.389,78 pontos, e o Ibex 35, de Madri, avançou 0,97%, a 7.870,60 pontos.

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A esperança de que o Fed comece a reduzir o ritmo de aperto de política monetária a partir de dezembro ganhou força na sexta-feira passada, e alimentou um rali de três dias em Wall Street e pode ser suficiente até mesmo para compensar os temores após a divulgação de balanços trimestrais fracos das gigantes de tecnologia americanas Microsoft e Alphabet (a controladora do Google).

Os contratos futuros dos Fed Funds – usados pelos mercados para avaliar as apostas na política monetária do BC americano – apontam hoje uma probabilidade implícita de apenas 38,6% de uma elevação de 0,75 ponto percentual em dezembro, de acordo com dados do CME Group. Há uma semana, as apostas em um movimento desta magnitude estavam em 77,0%.

Na Europa, a atenção dos investidores se volta para a reunião do BCE de amanhã. Uma elevação de juros de 0,75 ponto percentual parece totalmente precificada, mas os investidores estarão atentos aos comentários da presidente da autoridade monetária europeia, Christine Lagarde. Esta será a segunda alta de 0,75 p.p. por parte do BCE, e a expectativa é de que ele execute mais um movimento de mesma magnitude em dezembro.

O euro operava em alta de 1,06% frente ao dólar por volta do horário de fechamento das bolsas europeias, a US$ 1,00675, e a expectativa é de que, conforme o BCE reduz o diferencial de juros em relação ao Fed – que começou a subir a sua meta de juros meses antes -, a moeda única consiga reverter mais da desvalorização frente ao dólar.

“Um ‘spread’ [diferença] decrescente entre os juros nos EUA e na zona do euro tornará o euro menos atraente como uma moeda financiadora de ‘carry trades’ [operações financeiras que envolvem tomar empréstimos em um país com juros mais baixos para investir o capital em um país com retornos mais elevados] em moedas com yields mais altos”, diz Dieter Wermuth, analista e sócio da Wermuth AM, em nota. “Isso terá uma influência positiva nos preços de importados e reduzirá a inflação europeia como um todo”, complementa.

No recorte setorial, o segmento bancário – de maior peso no Stoxx 600 – fechou em leve queda de 0,26%, apesar de uma série de balanços positivos do setor. O Deutsche Bank (+1,20% na sessão), Barclays (-0,27%) e Santander (-3,27%) emitiram um alerta sobre riscos futuros relacionados à recessão econômica, o que compensou o fato de que os três bancos reportaram lucros acima do esperado.

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