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Bolsas da Europa fecham sem direção única apesar de balanços positivos
As bolsas europeias não firmaram direção única ao fim do pregão, apesar de uma boa leva de resultados corporativos divulgados hoje. Investidores permanecem apreensivos com a desaceleração da economia global e o aumento de juros do Banco Central Europeu (BCE), que anuncia decisão monetária daqui a uma semana.
O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em alta de 0,18%, a 463,03 pontos. Em Frankfurt, o DAX teve leve alta de 0,03%, a 15.800,45 pontos, apoiado pelos ganhos de 2,47% do Deutsche Bank, que divulgou balanço mais cedo. O parisiense CAC 40, por sua vez, subiu 0,23%, a 7.483,84 pontos, mesmo diante da queda de 2,62% da TotalEnergies, que também publicou resultados trimestrais.
Já em Londres, o FTSE 100 teve queda de 0,27%, a 7.831,58 pontos, apesar dos bons desempenhos do Barclays (+5,32%) e Unilever (+1,37%), cujos resultados de janeiro a março foram robustos, segundo o analista Michael Hewson, da CMC Markets.
“Apesar de uma enxurrada de balanços amplamente positivos, os mercados europeus têm lutado para ganhar força hoje, após as perdas de ontem”, define Hewson em comentário. Segundo ele, o setor de energia segurou a bolsa londrina hoje, com quedas acima de 1% de BP e Shell, principais petroleiras do Reino Unido.
Economia
Na seara macroeconômica, a Comissão Europeia revelou que a leitura de abril do índice de sentimento econômico subiu a 99,3 pontos, um pouco abaixo do esperado. Já o subíndice de confiança do consumidor avançou a -17,5 pontos, confirmando a leitura preliminar.
O caráter resistente da atividade no bloco europeu, bem como da inflação, tem sido usado como argumento para os dirigentes do Banco Central Europeu (BCE) manterem a disposição em apertar mais a política monetária. Com isso, o economista-chefe do Julius Baer, David Kohl, disse que o banco revisou sua projeção e agora espera alta de 0,5 ponto percentual dos juros na quinta-feira da semana que vem (04). Antes, o Julius Baer previa alta de 0,25 ponto.
Juros
Além do aumento na próxima semana, Kohl ressalta que é esperado mais uma alta de 0,25 ponto na reunião de junho. “O foco excessivo nas taxas de inflação passadas e a desconsideração da dinâmica de crédito fraca, bem como as tensões em certas áreas dos negócios de financiamento, aumentam o risco de que o BCE vá longe demais com seus aumentos de juros e desacelere excessivamente a economia no próximo ano”, opina o economista do banco suíço.
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