Bolsas da Europa fecham mistas após sinalização ‘dovish’ do BCE

O índice britânico recebeu suporte do setor de commodities com o balanço da Shell, que reportou números positivos no terceiro trimestre

Confira o desempenho das bolsas europeias hoje
Confira o desempenho das bolsas europeias hoje

As bolsas europeias fecharam sem direção única, após sinalização do Banco Central Europeu (BCE) de que uma possível redução no ritmo de aperto monetário pode não estar distante, enquanto os investidores avaliam os balanços corporativos do terceiro trimestre.

Após ajustes, o Stoxx Europe 600 fechou em leve queda de 0,03%, a 410,19 pontos. O FTSE 100, índice de referência da Bolsa de Londres, subiu 0,25%, a 7.073,69 pontos, e o DAX, de Frankfurt, avançou 0,12%, a 13.211,23 pontos, enquanto o CAC 40, de Paris, recuou 0,51%, a 6.244,03 pontos. Em Milão, o FTSE MIB fechou em alta de 0,90%, a 22.590,41 pontos, e o Ibex 35, de Madri, avançou 0,64%, a 7.921,10 pontos.

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Mais cedo, as bolsas operavam amplamente em queda, com apenas o FTSE 100 londrino em terreno positivo, acompanhando balanços corporativos mistos. O índice britânico recebia suporte do setor de commodities com o balanço da Shell, que reportou números positivos no terceiro trimestre, levando a ação da companhia a fechar em alta de 5,85%. Do outro lado da balança, a ação do Credit Suisse caiu 19,10% depois que o banco reportou um grande prejuízo no terceiro trimestre. O setor bancário fechou em alta de 1,13% no Stoxx 600, porém.

O humor melhorou após a divulgação do comunicado de política monetária do BCE, no entanto, que trouxe uma mensagem um pouco mais “dovish” (favorável a menos aperto monetário) do que o esperado para o futuro. Embora a autoridade monetária tenha efetuado a sua terceira movimentação em três reuniões e a segunda elevação de juros consecutiva de 0,75 ponto percentual, para 1,50%, ela também sinalizou que pode começar a reduzir o ritmo de aperto em breve.

O BCE disse que “com esta terceira alta de juros seguida, o conselho fez um progresso significativo em retirar a acomodação de política monetária” e que “o conselho baseará a trajetória futura de política monetária nas perspectivas em evolução para a inflação e a economia, seguindo a sua abordagem de avaliar a situação de reunião em reunião”.

“A referência a um progresso ‘significativo’, assim como a seguir uma abordagem ‘de reunião em reunião’ ambos sugerem a possibilidade de transicionar para altas de juros menores em reuniões futuras”, diz Nick Bennenbroek, economista do Wells Fargo, em nota. “Em referência às perspectivas econômicas, a presidente do BCE, [Christine] Lagarde disse que os riscos estavam enviezados a favor de queda do crescimento e alta da inflação”.

“Na conjuntura atual de uma recessão iminente e incertezas elevadas, normalizar a política monetária é uma coisa, mas um movimento em direção a território restritivo é outra”, diz Carsten Brzeski, chefe global de macroeconomia do ING, também em nota. “Com a alta de juros de hoje, o BCE está muito próximo do ponto em que o normal poderia se tornar restritivo”.

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