Bolsas da Europa fecham mistas com impacto positivo da China, mas temendo inflação

Os mercados ficaram otimistas ecom um possível relaxamento da política de covid zero na China, mas pressão inflacionária na região segue forte

Bolsa de Frankfurt, na Alemanha (Foto: divulgação)
Bolsa de Frankfurt, na Alemanha (Foto: divulgação)

As bolsas europeias fecharam majoritariamente em alta nesta terça-feira, acompanhando o otimismo com o possível relaxamento das políticas de covid zero na China, após um início de semana cauteloso com fortes protestos em diversas cidades chinesas contra as medidas restritivas para a redução dos casos de coronavírus no país asiático.

Após ajustes, o índice Stoxx Europe 600 fechou em queda de 0,13%, a 437,30 pontos.

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O FTSE 100, índice de referência da bolsa de Londres, subiu 0,51%, a 7.512 pontos, o DAX, de Frankfurt, recuou 0,19%, a 14.355,45 pontos, e o CAC 40, de Paris, registrou valorização de 0,06%, a 6.668,97 pontos.

Entre os setores do Stoxx Europe 600, a principal alta ficou com o setor de energia, que teve valorização de 1,76%. O segmento químico teve retração de 1,68%.

China impulsiona bolsas

Os mercados ficaram otimistas em relação a um possível relaxamento da política de covid zero na China após declarações das autoridades chinesas de que medidas restritivas de longo prazo seriam “corrigidas e evitadas”.

Os comentários, junto com o anúncio de um aumento no ritmo da vacinação contra a covid-19 de idosos com mais de 80 anos, ajudou a elevar o otimismo dos investidores, em meio aos protestos que ocorrem desde o final de semana em oposição à política de covid articulada por Pequim.

Câmbio

No fechamento, o euro avançava ante o dólar, enquanto a libra recuava, com a primeira moeda registrando alta de 0,10%, a US$ 1,03535, enquanto a segunda descia 0,30%, a US$ 1,19944. Já o índice DXY, que mede o peso do dólar ante seis moedas de mercados desenvolvido, operava em queda de 0,10%, a 106,573 pontos.

Indicadores

No front dos dados divulgados no continente europeu, o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) preliminar da Alemanha no mês de novembro teve alta de 10,0% em base anual, de acordo com os dados do escritório de estatísticas alemão Destatis.

O indicador veio abaixo da projeção de 10,6% feita por economistas consultados pelo “The Wall Street Journal”. Já a confiança do consumidor da zona do euro subiu para -23,9 no mês de novembro, segundo dados divulgados pela Comissão Europeia na manhã desta terça-feira.

Apesar da queda na leitura preliminar da inflação alemã, o economista-senior do Commerzbank, Marco Wagner, avalia que a inflação deve continuar alta no longo prazo.

“Ainda é muito cedo para celebrar a melhora. As pressões inflacionárias subjacentes permanecem altas, especialmente porque as pesquisas mostram que muitas empresas ainda pretendem repassar seus custos mais altos aos consumidores. Para 2023, esperamos uma inflação média de 6,5%”, apontou o analista do banco alemão.

“Esperamos taxas de inflação de dois dígitos até o início do ano que vem. Só depois disso a inflação deve cair gradativamente, mas apenas porque os preços de energia não devem voltar a subir tão fortemente quanto nos últimos meses”, acrescentou Wagner.

Os investidores também esperam pela divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da zona do euro para o mês de novembro, que deve ser divulgado na quarta-feira.

Empresas

No mercado acionário europeu, as ações do banco britânico HSBC fecharam com alta de 4,44% depois que o banco concordou em vender sua parte canadense ao Royal Bank of Canada.

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