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Bolsas da Europa fecham sem direção antes das reuniões dos bancos centrais
As bolsas da Europa fecharam sem direção única nesta terça-feira, após a divulgação da primeira leitura do Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro e de diversos outros indicadores, na véspera da reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed), que está marcada para amanhã, e do encontro do Banco Central Europeu (BCE) e do Banco da Inglaterra (BoE), agendados para quinta-feira.
Após ajustes, o índice Stoxx Europe 600 fechou em queda de 0,21%, a 453,45 pontos.
O FTSE 100, índice de referência da bolsa de Londres, desceu 0,17%, a 7.771,70 pontos, enquanto o DAX, da bolsa de Frankfurt, avançou 0,01%, a 15.128,27 pontos, e o CAC 40, de Paris, subiu 0,01%, a 7.082,42 pontos.
Entre os índices do Stoxx 600, o setor de serviços financeiros fechou com queda de 0,97%, enquanto o segmento de automóveis e peças teve retração de 0,87%.
Euro e libra
Às 13h55, o euro avançava 0,07%, a US$ 1,08580, enquanto a libra tinha queda de 0,21%, a US$ 1,23221. Já o índice DXY, que mede o peso do dólar ante seis moedas de mercados desenvolvidos, descia a 0,11%, a 102,169 pontos.
Indicadores
No front dos principais dados publicados hoje, o PIB da zona do euro teve alta de 1,9% em base anual, no último trimestre de 2022 na leitura preliminar. Em dezembro, o PIB da zona do euro havia registrado aceleração de 2,3% no terceiro trimestre em base anual.
O dado veio acima do consenso projetado por economistas consultados pelo “The Wall Street Journal”, de alta de 1,7%. A economia da zona do euro expandiu-se de forma inesperada ligeiramente no quarto trimestre de 2022, desacelerando em relação ao início do ano, mas sem entrar na recessão esperada para esse inverno, à medida que a região evitou uma crise energética em grande escala.
No quarto trimestre, o PIB teve alta de 0,1%, desacelerando em relação à expansão de 0,3% registrada no terceiro trimestre, segundo dados preliminares da agência de estatísticas da União Europeia, Eurostat.
“Acreditamos que a zona do euro entrará em recessão no primeiro semestre deste ano e depois experimentará uma lenta recuperação. Nossas novas projeções para o PIB mostram contração de 0,5% em 2023 e crescimento de apenas 0,8% no ano que vem”, aponta o economista-sênior para Europa da Capital Economics, Jack Allen-Reynolds.
“Embora as pesquisas de negócios tenham mostrado uma pequena melhora nos últimos meses, a demanda está diminuindo. Uma política monetária mais rígida exercerá um peso muito maior sobre a atividade nos próximos meses. Os dados monetários e de crédito foram extremamente fracos nos últimos três meses do ano passado e é provável que isso seja seguido por uma fraqueza nos gastos no início deste ano”, acrescentou o analista.
Já na França, o PIB do quarto trimestre cresceu marginalmente 0,1% no quarto trimestre de 2022 comparação com o trimestre anterior, desacelerando ante uma expansão de 0,2% registrada no terceiro trimestre, segundo dados preliminares do escritório de estatísticas do país, o Insee divulgado hoje. Além disso, o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da França voltou a subir em janeiro, devido à aceleração dos preços dos alimentos e da energia. O CPI teve alta de 6,0% em janeiro em comparação com o ano anterior na leitura preliminar, acima do aumento de 5,9% registrado em dezembro.
Recessão à vista no Reino Unido
Em Londres, os mercados também se preocuparam com a divulgação do relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI), depois que o FMI previu que o Reino Unido seria a única grande economia avançada a sofrer uma contração este ano. Segundo o FMI, a economia britânica vai recuar 0,6% em 2023 e depois crescer 0,9% em 2024.
Ações
No mercado acionário, o banco italiano UniCredit registrou alta de 12,29% em suas ações após a divulgação de resultados que vieram acima das expectativas.
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