Bolsas da Europa fecham em queda e interrompem rali, acompanhando piora do humor em NY

Dados melhores do que o esperado indicam que a economia americana continua superaquecida e apagam as esperanças de que o Fed possa reduzir o ritmo de altas de juros

Torre Eiffel, em Paris, na França: um dos pontos turísticos mais visitados da Europa. Foto: Pixabay
Torre Eiffel, em Paris, na França: um dos pontos turísticos mais visitados da Europa. Foto: Pixabay

Os principais índices acionários da Europa fecharam no vermelho na sessão desta quarta-feira (5), depois de vários dados de gerente de compras (PMI, na sigla em inglês) apontarem uma fraqueza na atividade econômica da região, indicando a proximidade de um quadro de recessão.

O Otimismo com aperto monetário menos agressivo pelo Federal Reserve (Fed) foi sobreposto por temor de recessão, e dólar volta a avançar ante as divisas europeias.

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Após ajustes, o Stoxx Europe 600 fechou em queda de 1,02%, a 398,91 pontos. O FTSE 100, índice de referência da bolsa de Londres, caiu 0,48%, a 7.052,62 pontos, o DAX, de Frankfurt, recuou 1,21%, a 12.517,18 pontos, e o CAC 40, de Paris, perdeu 0,90%, a 5.985,46 pontos. Em Milão, o FTSE MIB fechou em queda de 1,52%, a 21.360,72 pontos, e o Ibex 35, de Madri, recuou 1,52%, a 7.579,90 pontos.

Os índices americanos interrompem o rali dos últimos dois dias após a divulgação dos índices PMI de atividade do setor de serviços, com o indicador do S&P Global subindo de 43,7 para 49,3 em setembro, enquanto o indicador do ISM recuou de 56,9 para 56,7 no mesmo período, mas ainda assim indicou uma queda menor do que a expectativa de consenso, de recuo para 56,0.

Os dados melhores do que o esperado indicam que a economia americana continua superaquecida e apagam as esperanças de que o Fed possa reduzir o ritmo de altas de juros mais cedo do que se esperava, que alimentaram os ganhos dos últimos dois dias.

Mais cedo, os dados de emprego do setor privado nos Estados Unidos mostraram uma geração de 208 mil vagas, enquanto o esperado era uma criação de 200 mil postos.

“Continuamos a ver ganhos de emprego constantes”, disse Nela Richardson, economista-chefe da ADP. “Enquanto os que permanecem no emprego viram um aumento salarial, o crescimento anual dos salários para os que mudam de emprego em setembro caiu em relação a agosto.”

Além disso, alguns analistas apontam que o rali foi em grande parte uma reação aos tombos do mês passado, que levou as precificações a níveis excessivamente baixos.

“Parece principalmente como um desmonte de posições short [que apostam na queda de um ativo] para mim. Parece que estamos vendo estes tipos de movimento bem frequentemente, e talvez isso vire alguma coisa, mas eu duvido”, disse Michael Kramer, da Mott Capital Management, em nota.

As perdas foram bastante disseminadas, com apenas as ações do setor de energia operando em alta, de 0,65%, acompanhando os ganhos dos preços do petróleo. O setor bancário – de maior peso no Stoxx 600 – fechou o dia em queda de 2,12%.

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