Bolsas da Europa fecham em alta, corrigindo perdas da véspera
O CPI da zona do euro subiu 8,5% em fevereiro na comparação anual, enquanto economistas esperavam alta de 8,2%
Após operarem no vermelho ao longo da manhã, os principais índices acionários europeus encerraram o dia em alta, tentando corrigir as perdas da véspera, mesmo após os dados fortes do índice de preços ao consumidor (CPI) da zona do euro, publicados hoje.
Após ajustes, o índice Stoxx 600 fechou em alta de 0,51%, a 460,02 pontos. O índice DAX, de Frankfurt, teve ganho de 0,15%, a 15,327,64 pontos e o FTSE 100, de Londres, registrou alta de 0,37%, a 7.944,04 pontos. O francês CAC 40 contabilizou avanço de 0,69%, a 7.284,22 pontos.
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Euro e libra
Por volta das 16h, o euro recuava 0,73%, a US$ 1,0588. Já a libra tinha queda de 0,69%, a US$ 1,1948.
Inflação
Pela manhã, números mostraram que o CPI subiu 8,5% em fevereiro na comparação com igual mês do ano anterior, diminuindo ligeiramente em relação ao aumento anual de 8,6% em janeiro. Entretanto, a leitura superou a previsão de consenso de 8,2% dos economistas consultados pelo “The Wall Street Journal”.
O núcleo da inflação, que exclui as categorias mais voláteis de alimentos e energia, e é um dos principais dados para o Banco Central Europeu (BCE) considera nas decisões de política monetária, acelerou para 5,6% em fevereiro, de 5,3% em janeiro, atingindo um recorde.
“A principal questão é se o BCE vai esperar para ver o impacto de seu aperto na economia ou se continuará aumentando as taxas de juros até que o núcleo da inflação comece a cair substancialmente”, diz em nota Carsten Brzeski, chefe global de macro do banco ING.
Ata da reunião do BCE
Na ata da última reunião da autarquia, que foi divulgada hoje, os membros do comitê disseram que permanecem preocupados com o fato de que a desaceleração na inflação vista em janeiro possa levar a impressão aos mercados de que o aperto monetário possa terminar antes do esperado e elevar o apetite dos investidores por risco.
O BCE aumentou os juros em 0,50 ponto percentual em fevereiro e deve aplicar uma nova alta de 0,50 em março.