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Bolsas da Europa fecham em alta com relaxamento de restrições na China e BCE no radar
Os principais índices acionários da Europa fecharam em alta nesta sexta-feira (9), com o relaxamento da política de “covid zero” na China dando algum respiro aos ativos de risco.
O dia foi movimentado também pela divulgação do índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, que teve resultados mais fortes do que o esperado, elevando a expectativa de que o Federal Reserve (Fed) tenha que continuar com uma política monetária mais agressiva no longo prazo.
Na semana que vem, além da reunião do Fed na quarta-feira (14), o Banco Central Europeu (BCE) e o Banco da Inglaterra (BoE) tem encontros marcados para a quinta-feira (15).
Após ajustes, o índice Stoxx Europe 600 fechou em alta de 0,80%, a 438,98 pontos.
O FTSE 100, índice de referência da bolsa de Londres, subiu 0,06%, a 7476,63 pontos, o DAX, de Frankfurt, avançou 0,74%, a 14.370,72 pontos, e o CAC 40, de Paris, registrou valorização de 0,46%, a 6.677,64 pontos.
Entre os setores do Stoxx Europe 600, a principal queda ficou com o setor de automóveis e peças, que teve retração de 0,94%. O segmento de produtos do consumo e serviços registrou valorização de 0,39%.
PPI americano
Indicador mais importante do dia, o PPI nos Estados Unidos subiu 0,3% em novembro na variação mensal, mantendo o mesmo tamanho de avanço em relação à leitura anterior, conforme apontou o Departamento do Trabalho na manhã de hoje.
O resultado foi maior que a expectativa dos economistas consultados pelo “The Wall Street Journal”, de alta de 0,2%. Apesar do número forte na base mensal, no acumulado em 12 meses, o indicador de novembro avançou 7,4%, desacelerando em relação ao mês anterior, quando a inflação acumulada registrada foi de 8,1%.
Após a divulgação do dado, os investidores esperam pelas reuniões de política monetária da semana que vem. “Espera-se firmemente um aumento de 0,50 ponto percentual por parte do Fed. Com preocupações sobre as recentes quedas acentuadas nos rendimentos do tesouro e do dólar, é provável que acabemos com uma taxa de juros final mais alta do que o banco indicou em setembro.
Para o BCE, acreditamos que o risco de uma alta de 0,75 ponto percentual aumentou – ainda assim, esperamos uma alta de 0,50 ponto percentual, apoiada por um tom mais ‘hawkish’ dos integrantes do BCE”, aponta o banco ING, em relatório.
Na avaliação do economista-chefe do Berenberg, Holger Schmieding, em nota publicada no Fórum Oficial de Instituições Monetárias e Financeiras, o BCE corre o risco de exagerar em sua resposta à inflação.
O BCE parece estar superestimando as pressões inflacionárias que persistirão depois que o atual aumento nos custos de energia, alimentos e transporte terminar, aumentando as chances de uma recessão desnecessariamente profunda, diz ele.
“Aumentar as taxas em 0,50 ponto percentual no dia 15 de dezembro para 2,5% faz sentido. Mas ir além disso em 2023 seria ir longe demais”, acrescenta Schmieding. “A demanda da zona do euro não precisa ser controlada pelo aperto da política monetária além de um nível aproximadamente neutro.”
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