Bolsas de NY fecham em queda com indicadores que podem influenciar decisão sobre juros

Números do varejo e das solicitações de seguros-desemprego não animaram o mercado

Pregão na Nasdaq, uma das bolsas dos EUA / Foto: Divulgação
Pregão na Nasdaq, uma das bolsas dos EUA / Foto: Divulgação

Os índices de ações dos EUA fecharam em queda nesta quinta-feira (15) após a divulgação de uma série de indicadores econômicos que antecedem a reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed), marcada para os dias 20 e 21 de setembro.

O Dow Jones fechou em queda de 0,56%, a 30.961 pontos, o menor patamar do índice desde 14 de julho, enquanto o S&P 500 recuou 1,13%, a 3.901 pontos, e o Nasdaq caiu 1,43%, a 11.552 pontos.

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Os três índices abriram em queda, mas começaram a oscilar entre ganhos e perdas ainda no começo da sessão para depois firmarem em baixa.

Na quarta-feira (14), o índice Dow Jones fechou em alta de 0,10%, a 31.135,09 pontos, enquanto o S&P 500 avançou 0,34%, a 3.946,01 pontos, e o Nasdaq teve ganho de 0,74%, a 11.719,68 pontos.

Números

No front dos dados, as vendas no varejo avançaram 0,3% em agosto, acima do projetado por economistas consultados pelo “The Wall Street Journal”, que haviam indicado uma variação zero, ainda assim, representa uma desaceleração em relação ao ritmo de alta de julho, quando subiu 0,8%.

Já o número de pedidos iniciais de seguro-desemprego dos Estados Unidos diminuiu cinco mil solicitações na última semana, encerrada em 10 de setembro e chegou a 213 mil pedidos, conforme divulgou há pouco o Departamento do Trabalho dos Estados Unidos.

O número veio abaixo do consenso projetado por analistas de 225 mil.

“A estagnação nas vendas no varejo em agosto sugere que a queda dos preços da gasolina não está proporcionando nenhum impulso significativo ao consumo real. Mas isso pode mudar nos próximos meses à medida que a confiança do consumidor se recupere e, por enquanto, os dados ainda são consistentes com uma recuperação razoavelmente sólida do PIB no terceiro trimestre”, afirmou a Capital Economics, em relatório.

Probabilidade de aumento dos juros

Após a divulgação dos números, os contratos futuros dos Fed Funds indicavam uma probabilidade implícita de 78% de chance de que o Fed eleve os juros em 0,75 ponto percentual. A probabilidade de alta de 1 ponto percentual registra 22%.

“As vendas no varejo, apesar de terem superado as expectativas hoje, parecem estar em uma tendência de desaceleração”, diz James Knightley, economista-chefe internacional do ING, em nota.

“Ainda assim, com a confiança do consumidor permanecendo fraca, como resultado do aperto no poder de compra gerado pela inflação, a queda nos mercados de ações e o nervosismo crescente com o mercado imobiliário, continuamos a favorecer uma alta de juros de 0,75 ponto percentual do Fed, e não de 1,0 p.p.”, diz o especialista.

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