Bradesco (BBDC4) e Santander (SANB11) devem ter mais um trimestre difícil, avalia relatório da XP

Os destaques, mais uma vez, recairão sobre o Banco do Brasil (BBAS3) e o Itaú Unibanco (ITUB4)

Agência do Bradesco na Avenida Paulista. Foto: Nilton Fukuda/Estadão Conteúdo
Agência do Bradesco na Avenida Paulista. Foto: Nilton Fukuda/Estadão Conteúdo

Os resultados dos bancos neste terceiro trimestre de 2023 devem se configurar como um repeteco do período anterior. Essa é a expectativa da XP, que espera mais uma vez por números fracos de Bradesco (BBDC4) e Santander (SANB11), principalmente pela capacidade de geração de lucro das duas instituições e, especificamente no caso do Bradesco, mais um trimestre de aumento significativo na taxa de inadimplência.

Os destaques, mais uma vez, recairão sobre o Banco do Brasil (BBAS3) e o Itaú Unibanco (ITUB4), espera a XP.

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Enquanto o BB segue se beneficiando do foco em crédito rural, que deve continuar se apresentando forte por mais um trimestre, o Itaú, estima a casa, tende a apresentar um lucro líquido recorrente de R$ 9,1 bilhões no trimestre, alta de 12% na comparação ano a ano e crescimento marginal de 4% (com relação ao trimestre anterior).

“Antecipamos que o NII (margem líquida de juros) do Bradesco e do Santander no 3T continuará pressionado”, aponta o relatório da XP, assinado pelos analistas Bernardo Guttmann, Matheus Guimarães e Rafael Nobre. “Esperamos que essa tendência provavelmente se reverta e se torne positiva apenas em dezembro, e o primeiro trimestre com números positivos provavelmente será o 1T24”, afirma o texto.

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Sobre o Itaú e o BB, os analistas acreditam que as instituições estão “bem posicionadas para liderar na frente de rentabilidade, mesmo que o cenário macro piore”.

Banco do Brasil (BBAS3)

Assim, a XP reiterou a recomendação de compra para as ações de Banco do Brasil (BBAS3), com preço-alvo de R$ 61,00 por papel. Segundo os analistas, o crédito rural deve continuar a se expandir, e assim deve apoiar um crescimento sólido na carteira de empréstimos.

A margem líquida de juros (NII) deve crescer 21,0% na base de comparação anual, apesar de uma receita de tesouraria mais fraca. A taxa de inadimplência deve permanecer estável, como a mais baixa entre seus pares.

Dessa maneira, em termos de lucro líquido de operações contínuas, analistas projetam R$ 9,0 bilhões para o terceiro trimestre deste ano, um aumento de 8% ano ao ano e um retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) de 22,2%.

Bradesco BBDC4

Com relação ao Bradesco, a XP prefere se manter neutra e fixou o valor dos papéis em R$ 19,00 como preço-alvo.

Analistas aguardam um modesto crescimento, impulsionado principalmente por uma margem ligeiramente melhor com os clientes. Também projetam outro aumento significativo na taxa de inadimplência.

A instituição deve reportar um outro trimestre de queda no lucro líquido recorrente. As contas da instituição projetam redução de 36% no lucro líquido na comparação ano a ano e uma alta de 6% com relação ao segundo trimestre de 2023.

O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) permanece baixo, na casa dos 12%, em baixa de 6,4 pontos porcentais com relação ao ano anterior.

Santander (SANB11)

A XP também se mantem neutra sobre as units de Santander, com preço-alvo de R$ 34,00 por papel.

Os analistas aguardam um pequeno aumento ano a ano na carteira de crédito, já que o apetite de risco do banco continua limitado.

A margem líquida de juros deve mostrar um crescimento de 12% com relação ao mesmo trimestre do ano anterior e de 4% na margem.

A XP Investimentos aguarda um lucro líquido recorrente de R$ 2,5 bilhões no trimestre (+6% T/T), que implica em um ROE de 11,8%.

Itaú Unibanco (ITUB4)

Para o trimestre, a XP Investimentos antecipa que o Itaú relata um crescimento de um dígito na carteira de crédito, impulsionado por linhas de crédito relacionadas ao consumo.

A margem líquido de juros deve continuar a se beneficiar do aumento na carteira de crédito.

Além disso, analistas projetam um aumento marginal na inadimplência, em um nível ainda saudável de 3,10%, juntamente com um forte índice de cobertura de 207,0%.

A XP Investimentos projeta um lucro líquido recorrente de R$ 9,1 bilhões no trimestre, que resultaria em um ROE de 21,9%.

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