Itaú BBA vê recuperação do Bradesco (BBDC4) ‘mais difícil do que esperado’
Ações do banco tombaram 15% com divulgação de balanço e plano estratégico
O Bradesco (BBDC4) reportou resultados do quarto trimestre e projeções (guidance) para 2024 muito mais fracos do que o esperado.
Essa é a avaliação do Itaú BBA em relatório assinado por Pedro Leduc, Mateus Raffaelli e William Barranjard.
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No comentário, os analistas observam que o banco encerrou o período com um lucro líquido recorrente de R$ 2,9 bilhões (com retorno sobre o patrimônio – ROE – de 7%).
Ou R$ 1,7 bilhão considerando provisões de reestruturação e “passivos contingentes”.
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“Desempenho 32% e 60% abaixo de nossas estimativas, respectivamente”, apontam.
Para eles, as tendências subjacentes dos negócios permaneceram desafiadoras no período.
“Com números aquém das projeções e da orientação para 2023 em todas as linhas”, acrescentam.
Tombo das ações
Então, como a Inteligência Financeira relatou, o Bradesco (BBDC4) perdeu uma BRF (BRFS3) no pregão de quarta-feira (7) da bolsa de valores.
Assim, as ações do banco desabaram 15,7%, para R$ 13,96.
Isso representa uma queda aproximada de R$ 24 bilhões no valor de mercado da instituição financeira.
Dessa forma, o pessimismo com o Bradesco foi um conjunto de resultados pior do que o esperado e com poucos sinais de recuperação.
“A orientação para o ano de 2024 aponta para um processo muito gradual de recuperação de receitas, com custo de risco ainda elevado e despesas com vendas, gerais e administrativas (SG&A) altas”, escrevem os analistas do Itaú BBA.
“Estimamos um ponto médio sugerindo lucros de R$ 17-18 bilhões (com 10% de ROE), ou uma recuperação de lucro de 5% em relação aos R$ 16,3 bilhões reportados em 2023, abaixo da nossa estimativa de R$ 20 bilhões”, prosseguem.
O que esperar de BBDC4
Diante dos resultados, o Itaú BBA reiterou a recomendação neutra para as ações do Bradesco.
Entre os argumentos dos analistas estão:
- ação negociada a 1 vez o preço em relação ao valor patrimonial (P/VP) para 2024;
- E ROE abaixo do custo de capital por um tempo.
Por fim, eles colocam o preço-alvo de R$ 16 ao fim de 2024.