Bitcoin e ether recuam com ataque à Binance e cautela nos mercados
Maior das criptomoedas, o bitcoin (BTC) perdeu e depois recuperou os US$ 20 mil, patamar em que vem oscilando nos últimos dias
Bitcoin (BTC), ether (ETH) e as principais criptomoedas operam em queda nesta sexta-feira (7), dia seguinte a um ataque hacker a uma bridge da blockchain da Binance e quando os investidores observam os dados do mercado de trabalho nos EUA.
Maior das criptomoedas, o bitcoin perdeu os US$ 20 mil, patamar em que vem oscilando nos últimos dias, diante da cautela entre os investidores. O comportamento é seguido pelo ether, moeda nativa da rede Ethereum, negociado na casa de US$ 1.350 nos últimos dias.
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Perto das 12h (horário de Brasília), o bitcoin recuava 2,25%, negociado a US$ 19.658 e o ether tinha baixa de 2%, a US$ 1.337, conforme dados do CoinGecko.
Já a BNB, moeda nativa da blockchain da Binance, recuava 3,64%, negociada a US$ 283,6
Para Ayrom Ferreira, chefe de análise da Titanium Asset, os mercados ameaçaram uma recuperação nos últimos dias, após uma sequência de quedas acumuladas expressivas, o que despertou uma sensação de sobrevenda e assimetria nos preços.
“Porém, os momentos de recuperação para os ativos de risco dão sinais de serem realmente apenas respiros, uma vez que o discurso de membros do Fed ainda permanece duro em relação ao aumento de juros e contenção da inflação, o que faz com que essas recuperações dos preços sejam apenas momentâneas”, disse.
Perspectiva para o médio prazo
Segundo Ferreira, a mudança de perspectiva virá somente quando os indicadores econômicos demonstrarem que a economia americana está desaquecendo consideravelmente.
Andre Franco, chefe de pesquisa do MB, vê os tokens digitais em busca de uma tendência mais clara de preços. “O dia começa no zero a zero para o bitcoin e ether. A lateralidade que dominou os preços continua acontecendo e muito porque a macroeconomia ainda não deu um sinal claro para o mercado”, disse”.
“O dia 13 será decisivo, pois os dados de inflação serão publicados e esse é o dado mais importante para tentar prever uma reação do Fed já em novembro. Por isso, até quinta-feira que vem veremos mais dias como o de hoje”, completou Franco.
Fed no radar
Na quinta, integrantes do Federal Reserve (Fed) voltaram a dizer que enquanto a inflação estiver mostrando força, a autoridade monetária terá que seguir seu aperto monetário mais agressivo. O ambiente favoreceu o dólar no exterior, que subiu mais uma vez, assim como os rendimentos dos títulos do Tesouro americano.
O presidente do Fed de Cleveland, Neel Kashkari, disse que para uma “aterrissagem suave” que afaste o cenário de desequilíbrio entre oferta e demanda, é preciso ter cooperação pelo lado da oferta, da redução do gargalo de fornecimentos.
“Se não tivermos ajuda do lado da oferta, teremos que ajustar a demanda e isso vai ser mais doloroso”, afirmou.
Já a diretora do Fed Lisa Cook disse que o Fed terá que manter a taxa em território restritivo até que o BC se sinta confiante de que está no caminho para levar a inflação a 2%.