BTG corta recomendação para PagSeguro de ‘compra’ para ‘neutra’
O BTG Pactual cortou sua recomendação para PagSeguro de “compra” para “neutra”. Em relatório divulgado hoje, a instituição cita a alta recente nas ações da credenciadora e preocupações com o segmento de microempreendedores.
Os analistas dizem ver como pontos positivos a estratégia da PagSeguro em direção à área bancária, por meio do PagBank, e sua “escalada na pirâmide” para pequenas e médias empresas. Ponderam, no entanto, que o segmento principal da companhia, de micronegócios, está cada vez com mais características de um “oceano vermelho”.
O relatório cita, por exemplo, o maior custo de aquisição de clientes, dificuldades de reprecificação dos micronegócios e o fato de o Pix estar afetando os volumes de cartões nesse nicho “mais rápido do que o esperado”.
“Enquanto acreditamos que a PagSeguro continua tendo uma vantagem natural devido a sua marca forte e ecossistema mais completo, os lucros de seu negócio principal parecem estar encolhendo”, diz o documento. O BTG trabalha com um preço-alvo de US$ 23 para os papéis da credenciadora.
No final do mês passado, a PagSeguro anunciou que obteve lucro líquido de R$ 301,3 milhões no quarto trimestre de 2021, uma queda de 19,8% na comparação com igual período do ano anterior. Analistas destacaram que o forte desempenho da receita veio acompanhado de maiores despesas financeiras e margens sob pressão.
Naquele momento, Goldman Sachs e UBS BB tinham recomendação “neutra” para PagSeguro. BTG Pactual e BofA tinham recomendação de “compra”, assim como o Credit Suisse (“outperform”).
Por volta das 12h25 (de Brasília), as ações da PagSeguro recuavam 9,42% na Bolsa de Nova York, para US$ 18,26.
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