Sindicatos acionam Americanas na Justiça e pedem bloqueio de R$ 1,5 bilhão
Ação visa garantir direitos trabalhistas de 44 mil empregados da Americanas, segundo sindicatos
Oito entidades sindicais ajuizaram ontem na Justiça do Trabalho de Brasília uma ação civil pública contra a Americanas (AMER3). Segundo informações veiculadas pelo Sindicato dos Comerciários do Rio de Janeiro a ação, encaminhada para 8ª Vara do Trabalho de Brasília, visa garantir direitos trabalhistas de 44 mil empregados da Americanas.
O instrumento jurídico também tem como objetivo assegurar direitos de trabalhadores que já têm ação na Justiça do Trabalho para o recebimento de seus créditos trabalhistas.
Receba no seu e-mail a Calculadora de Aposentadoria 1-3-6-9® e descubra quanto você precisa juntar para se aposentar sem depender do INSS
A Americanas, que veiculou recentemente dívidas em torno de R$ 43 bilhões, teve pedido de recuperação judicial aceito pela Justiça do Rio na semana passada.
De acordo com comunicado veiculado pelo sindicato dos comerciários fluminense, as entidades sindicais que movem a ação são: a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a União Geral dos Trabalhadores (UGT), a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), a Força Sindical (FS), a Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), a Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), a Confederação dos Trabalhadores no Comércio e Serviços (Contracs-CUT) e a Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio (CNTC).
Também segundo informações veiculadas pelo Sindicato dos Comerciários do Rio, existem atualmente cerca de 17 mil ações trabalhistas em curso contra empresas do Grupo Americanas, que representam valor total de R$ 1,53 bilhão.
Assim, a entidade sindical fluminense pede bloqueio de R$ 1,53 bilhão na conta pessoal dos sócios de referências da Americanas – no caso Jorge Paulo Lemann, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Telles – para garantir recebimento de direitos e créditos de trabalhadores. A ação pede que se desconsidere a personalidade jurídica da Americanas e que se responsabilize os acionistas pelo que o sindicato entende ser uma “fraude contábil que se desenrolou durante anos na empresa”.
No comunicado, o sindicato fluminense detalhou que a ação não discute a recuperação judicial da Americanas. Por isso, não se submete à decisão proferida naquele processo.
Em comunicado, a organização sindicação fluminense detalhou também que Márcio Ayer, presidente do Sindicato dos Comerciários do Rio de Janeiro, participou de todas as reuniões sobre o tema. “O Rio de Janeiro, como cidade sede da marca, tem um papel fundamental nessas ações. Estamos organizando outras formas de pressão pelos direitos dos nossos trabalhadores, como manifestações e protestos”, afirmou Ayer, em nota.