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A nomeação de Gustavo Pimenta como novo CEO da Vale (VALE3) é bem recebida pelo mercado, reduz riscos de intervenção governamental e garante continuidade estratégica, segundo Bradesco BBI. Pimenta tem histórico positivo com agentes de mercado e sua nomeação antecipada permite foco em temas importantes como o acordo de Mariana (MG). Itaú BBA e JPMorgan também veem a escolha como positiva, destacando a continuidade na estratégia e a redução de incertezas. Ambos recomendam compra das ações da Vale, com potenciais de alta significativos.
A escolha de Gustavo Pimenta como novo CEO da Vale (VALE3) deve ser bem recebida pelo mercado. Bem como reduz riscos envolvendo intervenção do governo na mineradora e garante continuidade estratégica. A avaliação é do Bradesco BBI.
O Bradesco BBI tem recomendação de compra para Vale, com preço-alvo em US$ 15 para os recibos de ação (ADRs) negociados na Bolsa de Nova York (Nyse), potencial de alta de 41,4% sobre o fechamento de segunda-feira.
Itaú BBA
Na avaliação do Itaú BBA, a entrada de Gustavo Pimenta como novo CEO da Vale, em substituição a Eduardo Bartolomeo, não deverá causar mudanças significativas na condução da mineradora.
Para os analistas Daniel Sasson, Edgard Souza, Marcelo Palhares e Barbara Soares, que assinam o relatório do Itaú BBA, a solução interna encontrada pela companhia, além de reduzir a possibilidade de alterações relevantes na condução do dia a dia, as negociações com o governo sobre a compensação pelo rompimento da barragem da Samarco em Mariana (MG), as concessões de ferrovias e licenças ambientais.
O relatório ressalta que, no mandato de Bartolomeo, a mineradora alcançou realizações importantes como o reforço do modelo de gerenciamento de risco. Além de ter estabilizado seus sistemas de produção e estar a ponto de entregar, este ano, produção no nível máximo da meta estabelecida.
Em termos de alocação de capital, os analistas lembram que nos últimos anos a companhia distribuiu aos acionistas a maior parte do caixa gerado. Seja em forma de dividendos ou recompra de ações.
“A substituição interna (por um executivo da companhia) é a melhor alternativa para a Vale pelas seguintes razões. Suaviza a transição e limita as mudanças na estratégia da companhia, não interrompe os processos de negociação em curso em tópicos importantes”, diz o relatório.
Desafios de Gustavo Pimenta
Acima de tudo, para o Itaú BBA, Pimenta terá duas tarefas relevantes no curto prazo: conseguir assinar com as autoridades um acordo sobre Mariana (MG) e chegar a um acordo sobre as concessões ferroviárias. De forma a balancear pagamentos potenciais com obrigações futuras, de forma a alcançar uma situação de “ganha-ganha”.
“Na nossa visão, solucionar esses dois tópicos pode resultar na redução do desconto do valor da Vale em comparação aos pares australianos”, diz o relatório.
Operacionalmente, o Itaú BBA ressalta a importância de a companhia avançar na produção do Sistema Norte, o que também depende de novas licenças de operação. “Endereçar com sucesso esse desafio pode destravar valor significativo para a companhia e seus acionistas”, afirma o banco.
O Itaú BBA tem recomendação de compra para Vale, com preço-alvo de US$ 13 para os recibos de ações (ADRs) negociados na Bolsa de Nova York. Um potencial de alta de 22,5% ante o fechamento de ontem.
JPMorgan
A nomeação de Guilherme Pimenta como novo CEO da Vale é positivo e encerra um longo período de incertezas envolvendo o processo sucessório da mineradora, diz o JPMorgan.
Dessa maneira, os analistas Rodolfo Angele e Tathiane Martins Candini escrevem que a escolha afasta a possibilidade de intervenção do governo federal nos negócios da Vale. Em suma, uma situação que pressionava as ações da companhia.
O banco afirma que Pimenta, atual vice-presidente financeiro e de relações com investidores da empresa, é altamente respeitado pelo mercado. Bem como deve dar continuidade à estratégia estabelecida por Eduardo Bartolomeo no comando da Vale.