Credit Suisse eleva recomendação de neutra para compra para Direcional (DIRR3) e Cyrela (CYRE3)
Segundo o Credit Suisse, a Cyrela está em posição mais confortável em relação aos pares para alcançar bons números de vendas e retorno
O Credit Suisse elevou sua recomendação de neutra para compra para Direcional e Cyrela, afirmando que é hora das construtoras voltarem ao radar dos investidores, com preferência para o setor de baixa renda.
O banco revisou para cima seu preço-alvo para Direcional de R$ 15 para R$ 21, e para Cyrela de R$ 18 para R$ 21.
O Credit Suisse manteve sua recomendação de compra para MRV, com preço-alvo de R$ 16, e sua recomendação neutra para EZTec e Tenda. O banco elevando seu preço-alvo para EZTec de R$ 20 para R$ 24, e para Tenda de R$ 6 para R$ 9.
Segundo o Credit Suisse, a Cyrela está em melhores condições em relação aos pares para alcançar bons números de vendas e retorno, enquanto a Direcional deve entregar números de retorno sobre patrimônio fortes por meio de operações resilientes.
Os analistas Pedro Hajnal e Vanessa Quiroga escrevem que ainda é muito cedo para confirmar se o cenário macroeconômico ficou positivo, mas se a tendência de queda nas taxas de juros de longo prazo se acentuar, as ações devem ter uma reavaliação significativa e os investidores não vão querer perder.
Eles afirmam manter sua preferência pelo segmento de baixa renda, pois o veem como uma alternativa de hedge dos resultados eleitorais, pois provavelmente será estimulado por ambos os candidatos, como no passado, e considerando os fatores favoráveis dos ajustes no programa Casa Verde e Amarela.
“Ainda vemos fatores contrários para o segmento de média renda, mas acreditamos que empresas experientes com um forte pipeline de lançamentos e know-how comercial poderiam contornar o cenário desafiador com vendas e retorno sobre patrimônio razoáveis”, escrevem os analistas.
Eles ressaltam que os custos, que têm sido uma das principais preocupações do setor, começaram a esfriar, abrindo espaço para a desaceleração da tendência de queda das margens, enquanto por outro lado os estoques de São Paulo estão próximos do recorde histórico e os bancos privados reduziram seu apetite por crédito habitacional.
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