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Itaú Unibanco (ITUB4) anunciará dividendo extra no fim de 2024, diz CEO
O Itaú Unibanco (ITUB4) anunciará o montante de dividendo extraordinário que pagará aos acionistas relativos a 2024 no final do ano.
Essa foi a sinalização do presidente-executivo da instituição, Milton Maluhy Filho, nesta quarta-feira, durante teleconferência com jornalistas sobre os resultados do segundo trimestre.
“No quarto trimestre vamos ter mais informações sobre dividendo extraordinário, para ser pago no começo de 2025”, disse o executivo.
“Com base nas melhores informações de momento, certamente haverá dividendo extraordinário”, acrescentou Maluhy Filho.
Segundo ele, há ainda algumas questões relativas a exigências de capital que entrarão em vigor a partir de 2025.
Assim, isso exigirá um pouco mais de reservas e o banco quer ter isso mais claro antes de decidir quanto do excesso de capital vai distribuir aos acionistas.
Na prática, isso significa que, além do porcentual mínimo obrigatório de 25% do lucro líquido ajustado, o Itaú pode remunerar o acionista com um extra.
Nos últimos meses, Maluhy Filho vem dizendo não esperar uma distribuição menor do que 30% dos lucros este ano.
Alguns analistas, contudo, avaliam que esse número é conservador, considerando que relativamente ao resultado de 2023, o banco distribuiu o equivalente a 60% do lucro com os sócios.
Se neste ano decidir pagar de 50% a 60% do lucro em dividendos, o Itaú distribuiria de R$ 20 e R$ 25 bilhões.
No primeiro semestre, o banco já divulgou o pagamento de cerca de R$ 10 bilhões em dividendos.
Itaú (ITUB4) lucra R$ 10 bi no 2º trimestre
O Itaú anunciou na noite de terça-feira (6) que teve lucro recorrente de R$ 10,1 bilhões no segundo trimestre, aumento de 15,2% ante mesma etapa de 2023.
Além disso, o retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) subiu 1,5 ponto percentual sobre um ano antes, a 22,4%.
O ROE mede como uma empresa remunera o capital de seus acionistas.
Segundo Maluhy, o banco está bem colocado para manter níveis elevados de ROE nos próximos trimestres, à medida que acelera o crédito, mantém baixos níveis de inadimplência e controle de custos operacionais.
Mesmo os empréstimos em cartões de crédito, que o Itaú vinha desacelerando nos últimos trimestres, parou de cair e a tendência agora é acelerar.
Repercussão do mercado
Em relatórios, XP e BTG Pactual consideraram que os resultados do Itaú no trimestre mostraram solidez e reforçaram recomendação de compra para as ações.
“No geral, mais uma ótima performance do Itaú, que vemos como o banco estabelecido premium do Brasil”, afirmou Eduardo Rosman, do BTG.
Também salientando fatores como aceleração do crédito (+8,9% em 12 meses), índice de inadimplência acima em 2,7% (piso em dois anos), expansão da margem líquida com clientes e na tesouraria, a XP considerou que o Itaú “está apto a manter a lucratividade líder entre os bancos estabelecidos”.
Na B3, ITUB4 mostrava valorização de cerca de 0,4% por volta de 10h25 (horário de Brasília) desta quarta-feira.
Enquanto isso, o Ibovespa subia por volta de 0,5% no mesmo horário.
Sem recessão nos Estados Unidos, diz Maluhy
A despeito da volatilidade recente dos mercados, devido ao receio de uma recessão nos Estados Unidos, Maluhy Filho disse acreditar que esse risco é baixo.
“Numa crise, haveria direcionamento de fluxo de capitais para os Estados Unidos e não é o que a gente está vendo neste momento”, afirmou ele.
Ademais, o executivo salientou que o país pode cortar juros, se necessário, para apoiar a economia americana, que deve crescer 2,5% em 2024.
A expectativa do Itaú é que o Federal Reseve (banco central dos EUA) cortará o juro em setembro, no primeiro de três cortes até o fim do ano.
Itaú aposta no super app, descarta grandes aquisições
O super app para dispositivos móveis substitui seis aplicativos (Itaú, Itaú Cartões, Hipercard, iti, Credicard e Personalité).
De acordo com o executivo, a ideia inicial era já migrar 2,5 milhões até o fim de 2024, mas o banco agora considera até dobrar esse ritmo.
Enquanto isso, o presidente do Itaú Unibanco descartou planos de “aquisições relevantes” de negócios fora do Brasil nos próximos anos.
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