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Entrada de R$ 35 bilhões em capital estrangeiro este ano dá folego à Bolsa
Impulsionado pela entrada de recursos de investidores estrangeiros, o mercado financeiro iniciou o ano em trajetória de recuperação. O Ibovespa, índice de referência na Bolsa, acumula alta de 7,08%, e o dólar tem queda de 4,56% até sexta-feira.
No mês de janeiro, a Bolsa atraiu R$ 32,49 bilhões de investidores fora do Brasil, o quarto mês seguido de ingresso de recursos e a segunda maior marca em um período de dez anos. Até 2 de fevereiro, esse movimento prosseguia em alta, com um total de R$ 35,10 bilhões aplicados.
As razões que justificam o apetite destes investidores são várias. A Bolsa brasileira ficou barata depois de ter acumulado desvalorização de 11,93% no ano passado. Além disso, analistas apontam um movimento de busca por papéis ligados a commodities.
Sobre o cenário eleitoral, os economistas de bancos e gestoras, em geral, evitam discutir abertamente as expectativas para a disputa deste ano. Em conversas reservadas, afirmam que Lula e o presidente Jair Bolsonaro, os dois primeiros nomes nas pesquisas, têm histórico bastante conhecido. Mas percepção mercado é de que potenciais medos de guinada na condução do país já foram incorporados aos preços no fim do ano passado.
“Talvez tenhamos uma piora disso na segunda metade do ano, quando ficar mais claro o quadro que vamos ter para a sucessão presidencial”, diz Alexandre Schwartsman, economista e ex-diretor do Banco Central.
Com mais dinheiro entrando, a cotação do dólar cai. A moeda chegou a ser negociada abaixo de R$ 5,30 neste começo de ano e encerrou na última sexta-feira a R$ 5,32. Para André Kitahara, gestor de portfólio macro da AZ Quest, a janela até maio pode seguir sendo favorável ao real.
Com reportagem de O Globo.
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